domingo, 13 de julho de 2014

A Morte. Parte I.

(C.033) Faremos algumas ponderações a seguir sobre o tema A Morte usando um texto do escritor australiano Charles Webster Leadbeater (1854-1934) mas antes falaremos sucintamente sobre sua vida assim ele foi sacerdote da Igreja Anglicana e bispo da Igreja Católica Liberal escritor, orador, maçom e uma das personalidades mais influentes da Sociedade Teosófica. Ainda menino Leadbeater foi levado para o Brasil por seu pai acompanhado pelo irmão Gerard sendo seu pai um empreiteiro de obras de estrada de ferro e realizava viagens a trabalho voltando do Brasil à Inglaterra ingressou na Universidade de Oxford sendo obrigado a deixar a instituição quando o banco onde sua família depositava os recursos financeiros faliu entretanto como mérito em seus estudos teológicos recebeu no ano de 1878 as ordens sacras de sacerdote anglicano pelo Bispo de Winchester exercendo suas funções na Igreja de Bramshott - Hampshire - Reino Unido e seu tio por linha materna era o proeminente clérigo anglicano William Wolfe Capes (1834-1914). Continuou no ofício religioso até 1883 quando entrou em contato com os ensinamentos da Teosofia como expostos por Helena P. Blavatsky (1831-1891) abandonando o sacerdócio e seguindo com ela para a Índia onde teria recebido uma carta do Mahatma Koot Hoomi aceitando-o como discípulo assim Leadbeater tomou os votos budista ao viver no Ceilão (Skri Lanka) por anos também por muito tempo morou na sede da Sociedade Teosófica em Adyar na Índia onde segundo afirmou desenvolveu poderes psíquicos notadamente a clarividência. Na Sociedade Teosófica tornou-se grande orador proferindo palestras por todo o mundo e também ativo colaborador e amigo da segunda presidenta internacional desse movimento filosófico esotérico Annie Besant (1847-1933) com a qual editou em conjunto vários livros de pesquisas retornando à Londres foi iniciado na Maçonaria Mista da Obediência Maçônica Le Droit Humain onde atingiu o grau 33º mas em 1906 um complô tentou denegrir sua imagem e moral sendo acusado de pederastia por um de seus alunos Hubbert Van Hook (1862-1933) à época com 24 anos de idade mas um de seus biógrafos Peter Michel afirma que essas acusações tinham origem suspeita naqueles que Leadbeater considerava seus inimigos pessoais como Alexander Fullerton, Herbert Burrows e Hilda Martyn assim para evitar um escândalo dentro da S. T. ele dela desligou-se nesse mesmo ano (1906) embora tenha dado continuidade a seu trabalho como escritor e clarividente. Entretanto no final de 1908 os membros da Sociedade teosófica votaram a favor da readmissão de Leadbeater assim aceitando a decisão da Comunidade Teosófica retornou a Adyar - Índia em 1909 descobrindo o jovem Jiddu krishnamurti (1895-1986) para o qual previu uma existência como um Mestre Espiritual advogando que Krishnamurti era o veículo escolhido para a vinda desse Iluminado algo como O Messias no Judaísmo ou O Cristo no Cristianismo um Instrutor do mundo que os teosofistas estavam aguardando há muito tempo. O novo Mestre seria assim como Buda, Zoroastro, Moisés e Maomé criador e divulgador de uma nova religião que iria mudar os destinos da humanidade assim após dois anos foi fundada a Ordem Internacional da Estrela do Oriente tendo Khrisnamurti como chefe com o objetivo de reunir aqueles que acreditavam nesse acontecimento preparando a opinião pública para o seu aparecimento angariando recursos por meu de doações sendo que Leadbeater passou ainda algum tempo na Índia supervisionando a preparação de Krishnamurti até decidindo-se ir para a Austrália em 1915 onde passou a residir em Sidney entrando em contato com James Ingall Wedgwood sendo que em 1916 juntamente com ele participou da reformulação da Igreja Velho Católica da Holanda resultando na fundação da Igreja Católica Liberal para a qual Wedgwood (1883-1951) foi o primeiro Bispo presidente e Leadbeater foi presidente da ICL de 1923 até o ano de sua morte 1934. Aos leitores mais ávidos e desejos de saber o desfecho da história de Jiddu Krishnamurti como membro da Sociedade Teosófia e esse plano de torná-lo uma espécie de Messias do século XX o relato está detalhado na mensagem Documentário sobre Jiddu Krishnamurti do dia 23 de abril de 2014 nesse Mosaico Espiritual mas adiantando digamos que esse fato foi um aprendizado no seio da direção do S. T. percebemos isso quando assistimos a filmagem dos eventos reais que Krishnamurti escolheu seu próprio caminho enveredando por um Teísmo cético e desprovido de religiosidade mas que segundo ele na minha opinião uma opção para também alcançarmos a evolução espiritual com ênfase na fraternidade humana e a pedagogia das virtudes nos relacionamentos começando das primeiras fases escolares assim fundou alguns institutos educacionais com essa filosofia que continuam até hoje através da Fundação Internacional Krishnamurti essa semente que tem se espalhado pelo mundo afora. Cogito que foi uma lição que a Sociedade Teosófica precisava passar para reconhecer que o caminho de volta para o Logos Divino não deve ser reinventado pois ele já está pronto e são diversos bastando a nós discípulos da Senda Espiritual pela tolerância, compreensão e boa vontade para com todas as religiosidade e espiritualidades criarmos pelo dialogo e amor ao próximo seja qual for sua opinião dando-nos as mãos e com humildade aprendermos uns com os outros fazendo da verdade do outro não um dogma ou crença que nos afaste ou distancie mas entendendo sua opinião como uma maneira de vida que se adequa a prática que evoluirá na espiritualidade que pela individualidade superior alcançara na interação das demais filosofias e religiosidades o caminho para a completude com a Mente Universal. Como gastamos esse tempo falando do escritor deixemos pra abordar propriamente o assunto na parte II. Abraço. Davi. 

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