terça-feira, 20 de maio de 2014

O Ciclo da Vida e o Ciclo da Morte.

(C.010) Avançando sobre o curso de introdução ao pensamento teosófico estudaremos O Ciclo da Vida e o Ciclo da Morte e pretendo esboçar algumas ideias que suponho ter entendido. Pensar a vida e a morte como um ciclo evolutivo concêntrico acoplado em camadas distintas de renascimentos manifestados nas encarnações e reencarnações, sendo esse processo percebido num plano contínuo traz a ideia de que os dois aspectos da vida e da morte tipificam um objeto com dois lados. Um exemplo dessa característica é uma moeda onde um lado representa a vida e o outro representa a morte, assim esse argumento entende que evoluímos por estágios consecutivos passando primeiro por fases densas e depois alcançando fases fluidas. Nessa consideração a morte é uma forma de existência inconsciente como num sono ou sonho manifestado no estado de adormecimento, uma passividade onde o corpo físico perde suas funções básicas fenecendo junto com o eu inferior especificado pelo ego pessoal. Esse corpo físico sendo o envólucro da personalidade precisa ser adequadamente desintegrado para entrarmos imediatamente na fase de descanso astral chamada de devachan. O que pode atrasar esse processo de conforto astral são nossas atitudes contrárias a fraternidade e filantropia onde expressamos nossos vícios, mazelas e pecados interiores, assim no pós morte precisaremos passar pela reparação da justiça cármica disciplinatória que é o mecanismo de ajuste compensatório capaz de nos justificar antes de começarmos as reencarnações futuras. Nosso corpo orgânico espiritualizado é a base do trabalhar da lei da causa e efeito. A vida é o produto daquilo que praticamos como méritos ou deméritos ao longo de nossa existência. Vícios e virtudes são estados conscientes no estágio humano simbolizado pelo quaternário inferior e eles determinarão os ajustes e desajustes na fase da passagem (pós morte) para o estado mental abstrato. Nesse estado imaterial existiremos no âmbito da tríade superior manifestada pelo ego superior, ego divino e o Eu Superior. Em relação a essas duas divisões anteriores (quaternário e tríade) do homem podemos imaginar um indivíduo onde seus malefício e benefícios ao próximo decidirão o tempo de conforto (devachan) ou o tempo de ajuste para as próximas vidas. Segundo a literatura teosófica há diversos tipos de acerto (reparação) após a morte dependendo de como ocorreu o falecimento. Acontecendo mortes por assassinato ou acidentes pensando hipoteticamente, existindo mais méritos nas ações  dos indivíduos eles voltarão a vida numa vigília de sono e entrarão no devachan no tempo estabelecido. Mas se esses indivíduos mortos por assassinato ou acidente tiveram praticado mais deméritos em suas ações passarão por um processo de punição, onde deverão ser ajustados seus carmas e esse tempo será proporcional aos pecados cometidos. Na questão do suicídio a doutrina teosófica é rigorosa, pois é um processo de obstaculização da alma. Evidentemente várias razões levam alguém a tirar sua própria vida, mas nenhuma é justificativa plausível. Como opinião pessoal infiro que os doentes mentais comprovadamente atestados por psiquiatras devem ter um tratamento diferenciado nesse âmbito, apesar de até onde compreendi a Senhora Helena Blavatsky (1831-1891) não comentar sobre esse assunto das patologias psíquicas influenciando essas situações. O suicídio como um forte apego a um ato extremo contra a vida acarretará um grande esforço de ajuste (castigo) compensatório pelo indivíduo que o cometeu. Esses indivíduos vivenciarão após a morte um estado mental intangível numa espécie de um grande pesadelo como num sonho sendo atormentado e fustigado por sofrimentos terríveis padecendo como punição num período consideravelmente longo. Após quitadas as dívidas cármicas esses dois grupos os mortos por assassinatos e acidentes mais os que cometeram suicídio continuarão seus estágios evolutivos. Com relação a vida humana ela tem início em Atma/Buddhi que representa o Eu Superior a Consciência Universal que é o agente originador da vida. A monada esse bilionésimo fragmento de átomo a substância indivisível e indissolúvel é mineralizada começando o processo evolutivo do ser humano. Milhares de anos depois passa por uma transformação tornando-se uma planta. A seguir pelo mesmo sistema adquire uma alma animal e finalmente aproximadamente quatro milhões de anos de viajem da monada temos a espécie hominídeo, nossa abstração supõe a duração de uma raça raiz em torno de um milhão de anos. A doutrina teosófica mensura que vivemos a quarta ronda da quinta raça raiz e a completude evolutiva acontecerá quando perpassarmos a sétima ronda da sétima raça raiz. Isso daria pensando abstratamente mais de oito milhões de anos, começando o processo do nirvana eterno da evolução infinita pelo macrocosmo. Abraço. Davi.        

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