quarta-feira, 20 de novembro de 2024

CONSAGRAÇÕES E OFERENDAS

Religião Afro-brasileira. Umbanda. Livro Código de Umbanda. Por Rubens Saraceni (1951-2015). CONSAGRAÇÕES E OFERENDAS. Quando um médium vai consagrar sua coroa ao seu Orixá, deve guardar preceito de sete dias se quiser apresentar-se em equilíbrio vibratório e energético diante de seu Orixá Regente. Nesses sete dias, não deve alimentar com carnes de qualquer espécie. Não deve ingerir bebidas alcoólicas. Não deve manter nenhum contato íntimo com o sexo oposto ou relação sexual e deve acender uma vela de sete dias ao seu anjo da guarda e outra ao seu Orixá. Não deve, ainda, entrar em locais de grande aglomeração de pessoas. Deve dormir sozinho e de preferência sobre uma esteira. Deve dedicar uma hora antes de dormir a preces e mentalização de seu Orixá. Não deve emitir pensamentos ou palavras negativas. Deve mesmo fazer seu banho de ervas rituais todos os dias. Deve incensar seu quarto de dormir antes de se deitar. Deve manter sua “esquerda” iluminada com velas pretas, vermelhas e brancas, de preferência, acesas em triângulo. E outros procedimentos mais que seu pai ou mãe no Santo lhe recomendar. Quando o médium só vai oferendar seu Orixá ou algum dos outros Orixás em algum dos pontos de forças da natureza. Deve se abster de contatos sexuais pelo menos nas últimas setenta e duas horas e nas doze horas posteriores. Só depois desse período de isolamento energético está liberado para retomar a rotina em sua vida particular. Isso é necessário para que, quando se apresentar diante do Orixá, não esteja impregnado com as energias que normalmente absorve do sexo oposto. Quando mais o médium estiver puro energeticamente, mais facilmente sintonizará vibratoriamente as irradiações dos Orixás. Para as incorporações que acontecem durante os trabalhos práticos é recomendado em resguardo durante as vinte e quatro horas anteriores aos mesmos. Esses procedimentos visam a desobstruir os pontos de captação de energias e afinizar a vibração do médium em seu padrão pessoal. Outras recomendações preconizadas pela doutrina de Umbanda já estão bastante difundidas e nos dispensamos de as inserir nestes comentários. Mas o fato é que, em se tratando de doutrina, sempre é bom que se saliente o comportamento do indivíduo e o estimule a se sintonizar vibratoriamente com as divindades. Para que uma intensa permuta energética aconteça, tanto durante os trabalhos práticos como durante as oferendas rituais nos pontos de forças da natureza, que é onde mais facilmente absorvemos as irradiações dos Orixás. Bem, já comentamos acerca das divindades as suas atuações dentro do Ritual de Umbanda Sagrada por intermédio das linhas de trabalhos, onde as encontramos veladas por nomes simbólicos. E analisamos os mistérios, tão desconhecidos dos atuais instrutores religiosos, que normalmente recorrem ao termo, mas que, quando perguntados acerca de sua origem, demonstram ignorância a respeito do assunto. Procuramos comentar os aspectos mais relevantes da doutrina de Umbanda visando a despertar no leitor a consciência de que Umbanda é religião. Devendo ser entendida, respeitada e tida como tal, pois todas as divindades atuam nela visando a auxiliar a evolução espiritual da humanidade e a harmonia religiosa na face da terra. Assim, se um dia virem ou ouvirem um guia espiritual manifestando qualquer tipo de preconceito, refutem-no de imediato. Porque com certeza é só um espírito paralisado nos próprios vícios emocionais. A umbanda surgiu por meio de sincretismo religioso e de uma miscigenação racial, espiritual e religiosa. Coordenada pelos sagrados Orixás e implementada, religiosamente, na mente das pessoas pelos espíritos mensageiros dos mistérios de Deus. Que nos ama a todos em geral e a cada um de nós em particular, independentemente de nossa cor, ração ou religião. Portanto, somos todos seus filhos e suas criações. Um saravá da Umbanda a todas as outras religiões ! Um saravá dos umbandistas a todos os seus outros irmãos !. Abraço. Davi. Página 84 ...

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