Editor do Mosaico. Que Alá, Deus, Krishna, Muhammad, Mashiache,
Brahma, Cristo, Zoroastro, Buda, Shakti, Confúcio. A Santíssima Imaculada Virgem Maria e
demais avatares de todas as espiritualidades vos abençoe. Dispensando seu amor,
graça e misericórdia nesse final de 2023. Que o ano de 2024 seja marcado pela
proteção dos anjos da guarda, enviados por essas divindades mencionadas. Dando
a todos sabedorias e coração fraterno para amarmos todos os nossos
irmãos dos variados lugares deste planeta terra. Componentes dessa morada que Deus
nos deu para vivermos em harmonia, tolerância e respeito. Até o próximo
ano. Feliz 2024. Abraço a todos os leitores dessa página.
www.adalbernardes.blogspot.com.
Postado por Adalberto Bernardes. O DILÚVIO UNIVERSAL. Os
"antropologistas" dizem que há mais de 270 narrativas do dilúvio em
povos e culturas diferentes do mundo, e todas elas, coincidentemente, são no
início destas civilizações. Mas não é somente no Oriente Médio - leste do mar Mediterrâneo ao golfo Pérsico - onde ficou
persistente um dilúvio que assolou a terra. Com a exclusão das culturas
africanas, exceto naturalmente a egípcia, que não costumam referir se ao
dilúvio. Todas as demais têm constância de que num dado momento de sua
história a água supôs um cataclismo que arrasou o planeta e com ele toda a
humanidade. Das quatro vezes que segundo o calendário asteca - continente americano - terminou o mundo,
uma foi por causa da água. Os índios americanos, os poucos que restam, pensam
que o mundo fica velho e vai se gastando paulatinamente, até que as cordas que
o sustentam são rompidas e se afunda irremissivelmente no oceano que o rodeia,
de onde voltará a surgir jovem e pujante. Para a
civilização Ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da
Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é
descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias,
egípcias, persas, gregas e outras, de forma basicamente semelhante ao
episódio bíblico. Todavia algumas civilizações se relata sobre inundações em vez
de chuvas torrenciais. Uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade
corrupta, ou imperfeita, e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir
uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na mitologia
judaica, Jeová - Deus estava disposto a acabar com toda a humanidade, mas Noé foi
agraciado por Ele, pois era um varão temente a seu Deus e não se deixou
corromper. Após um certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa
montanha - Ararat - região da Anatólia, Turquia. Os animais repovoam o planeta e os descendentes de Noé geram
todos os povos do mundo. Dilúvio Hebraico. Segundo
a Bíblia, Noé, seguindo as instruções divinas, constrói uma arca para a
preservação da vida na Terra, na qual abriga um casal de cada espécie animal,
bem como a ele e sua família. Enquanto Deus, exercendo julgamento sobre os anti-diluvianos (povo de ações perversas), inundava toda a Terra com uma chuva que
duraria quarenta dias e quarenta noites. Após alguns meses, quando as águas
começaram a baixar, Noé enviou uma pomba, que lhe trouxe uma folha de oliveira.
A partir daí, os descendentes de Noé teriam repovoado a Terra, dando origem a
todos os povos conhecidos. Na esfera cultural hebraica
primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o estabelecimento de uma
identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos descendentes de
Sem, filho de Noé). Bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor (cananeus,
descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas, descendentes de Cuxe,
outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa
Sem, o que serviria mais tarde como uma das justificativas para a invasão e
conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel. Após o
período diluviano, procura-se até os dias de hoje os restos da Arca, que
segundo alguns historiadores realmente encontra-se no Monte Ararat. Mas não
existe como precisar a localização, já que a região é bem acidentada e vasta. Dilúvio Sumério. O mito sumério de
Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh. Que parte em uma
jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas
únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à Gilgamesh
como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o
dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na
tradição suméria, o homem foi dizimado por incomodar aos deuses. Segundo este
mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utanapistim e lhe revelou as
pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a
Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro.
Utanapistim, então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi
ordenada por Ea. Estes ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com
os humanos. Aqui um trecho de tal história: "Eu
percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós,
no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um
telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo
todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o
Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi
soltar uma pomba, que voou para longe, não encontrando local para pouso
retornou (…). Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou alimento e
não retornou." (TAMEN, Pedro. Gilgamesh, Rei de Uruk. São Paulo: ed. Ars
Poetica, 1992). Dilúvio Hindu. Nas
escrituras védicas da Índia encontramos um rei chamado Svayambhuva Manu, que
foi avisado sobre o dilúvio por uma encarnação de Vishnu (Matsya Avatar). Matsya
arrastou o barco de Manu e lhe salvou da destruição. Este
aviso veio através de um peixe, que foi poupado da morte, que advertiu que se
avizinhava um dilúvio de grandes proporções que destruiria a raça humana. Manu
construiu uma nave e arrastou-a até o ponto mais alto, e foi assim que ele
salvou-se da grande tragédia. Dessa forma ele, fez um sacrifício aos deuses,
usando azeite e nata azeda, sobre as águas, de onde da mesma emergiu uma
mulher conhecida pelo nome de Filha de Manu, com o qual se uniu e deu
início à nova geração da raça humana. Dilúvio Grego. A mitologia grega relata
a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus
havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o
fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram
os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse
uma arca e nela introduzisse um casal de cada animal, de forma análoga à Arca
de Noé. Assim estes sobreviveram. Ao
terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde
estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o
oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a
deusa somente lhes disse:"Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e
sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas. Destas formas, as
pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra
em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher. Dilúvio Mapuche. Nas tradições do povo
Mapuche igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou
do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu e
Caicai Vilu. Dilúvio Pascuense. A
tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha
escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva. Dilúvio Maia. A mitologia do povo maia relata
a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán. Segundo
o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico
maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos
seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São
criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres
de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama. Então,
os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, à partir de madeira. Essa
segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se
multiplicou em muitos povos e cidades. Tudo indica que é nessa época da segunda
humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué
contra os senhores de Xibalba. Mas esses seres feitos de madeira não agradaram
aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se
tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os
deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao
contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum
indivíduo foi poupado. Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os
novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são
considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três
famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência. Dilúvio Asteca. No manuscrito asteca
denominado como Código borgia, há a história do mundo dividido em idades, das
quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa
Chalchitlicue. Dilúvio Inca. Na
mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e
duas pessoas repovoaram a Terra, Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que
sobreviveram. A religião é um forte elo de ligação entre as várias culturas
andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um forte
elemento da crença e dominação através do mental, ou seja, daquilo que
permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades destas
culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro
Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata como os Incas
narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da oralidade de
geração em geração. Desde o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos,
procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus
conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba
punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa (2001). Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el
precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la
indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en
piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo
les envió un diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir
“agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta
noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo quedaron algunas señales de
los que se convierteron en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los
venideros en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40). A
narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o
mundo. O início de tudo, ou seja, a criação, é um fator muito importante para
estabelecer relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi
vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em
comum que defina a origem e o começo do cosmos e tudo existente nele. Ou seja,
o conhecer de si mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua
sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos
naturais e sobrenaturais. Dilúvio Uro. O povo
uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca - Peru e Bolívia, crê numa lenda que diz que
depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do
Sol. Dilúvio Chinês. Porém
onde nos encontramos com uma figura sugestivamente paralela à de nosso bíblico
Noé, é na China. Onde a água sempre esteve em estreita relação com o nascimento
da terra e o gênero humano. Foi o grande herói YÜ, o domador das águas, quem
conseguiu que estas se retirassem para ornar, logrando assim que as terras
ficassem aptas para o cultivo, contribuindo ao engrandecimento da população.
Dos distintos relatos do dilúvio temos o de Fah-le, ocasionado pelo crescimento
dos rios ao redor de 2.300 AC. Mas a tradição mais extensa é a que tem a Nu-wah
como protagonista, que se salvou junto com sua mulher, seus três filhos e as
esposas destes. Em uma nave construída para eles e para dar capacidade e
salvamento a um par de cada espécie animal que habitava a terra. Tão arraigada
está a lenda de Nu-wah que hoje em dia é escrita a palavra "nave" em
chinês, representada por uma barca com oito bocas dentro, aludindo aos oito
navegantes que foram salvos da catástrofe. Também o Gênesis diz que Noé foi
salvo juntamente com outras sete pessoas. O DESAPARECIMENTO DE
ATLÂNTIDA. Alguns alegam que o Dilúvio foi a causa do desaparecimento
de um grande continente que foi engolido pelas águas. No caso nos vem a mente
Atlântida, outros referem-se a Lemúria (Império Mu), que é anterior aos
atlantes. De qualquer forma parece que todos os povos falam da fatalidade da
humanidade com o elemento água. www.adalbernardes.blogspot.com.
Abraço. Davi
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