terça-feira, 21 de setembro de 2021

O QUE ESTÁ ALÉM DO EGO - O ANTICRISTO

 

Gnosticismo. www.gnosisonline.com.br. Texto de Samuel Aun Weor (1917-1977). O QUE ESTÁ ALÉM DO EGO - O ANTICRISTO. É conveniente aprofundarmos um pouco mais no que se relaciona com nossa psique. Conversamos muito sobre o Ego, o Eu, o Mim Mesmo, o Si Mesmos, mas agora penetraremos em outros aspectos ainda mais profundo (…). Vimos, em passadas aulas, que na antiga Pérsia se rendia culto a Ahrimã (o princípio do mal, do caos, das trevas e da morte na tradição zoroastriana). Indubitavelmente, tal culto não era próprio dos Ários, senão de certa quantidade de pessoas, sobreviventes da submersa Atlântida (uma lendária ilha ou continente cuja primeira menção conhecida remonta a Platão (427 AC 347) em suas obras - Timeu ou a Natureza e Crístias ou Atlântida). Quero me referir, de forma enfática, aos turânios. Inquestionavelmente, para eles Ahrimã era o centro vital de seu culto. Rudolf Steiner (1861-1925) fala das “Forças Ahrimânicas” e muitos outros autores estudam tais forças. Dizíamos, em passadas cátedras, que Lúcifer é o Arcanjo Fazedor de Luz, que não é essa criatura antropomórfica (descrito ou concebido sob uma forma humana - com atributos humanos) que nos é mostrada pelos clérigos dogmáticos. Certamente, cada um de nós tem seu próprio Lúcifer. Ele, em si mesmo, é o Reflexo do Logos ou de nosso Logoi Interior, no fundo de nossa psique, a Sombra digamos, de nosso Logoi, nas profundidades de nossa própria psique. É claro que quando não estávamos caídos, quando ainda vivíamos no Éden, esse Lúcifer Interior resplandecia em nossas profundidades, gloriosamente. (A bíblia diz em Ezequiel 28,13-15 em relação a Lúcifer antes da queda: "Estivestes no Éden, Jardim de Deus; de toda pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que fostes criados foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado, até que se achou iniquidade em ti.) "Mas quando cometemos o erro de “comer daquele fruto” do qual se disse “Não Comereis”, então nosso Lúcifer Íntimo caiu, converteu-se no Diabo do qual as teogonias (narração do nascimento dos deuses e apresentação de sua genealogia) falam. E que agora necessitamos “Branquear o Diabo”, é verdade, e morrendo em si mesmos aqui e agora. Quando logramos a dissolução do Eu de forma radical, esse Diabo das mitologias se branqueia, volta a resplandecer, converte-se em Lúcifer, no Fazedor da Luz. Quando ele se mescla com nossa Alma e nosso Espírito, ele nos transforma, por tal motivo, em Arcanjos gloriosos. Ahrimã é algo muito diferente, meus estimados irmãos: ele é o ANVERSO (face de uma moeda que mostra o elemento principal por oposição ao reverso) DA MEDALHA DE LÚCIFER, é o aspecto negativo dEle. Esse Fogo Ahrimânico expressa-se na forma dos antigos turânios da Pérsia. É a fatalidade, os poderes tenebrosos deste mundo. Propriamente, Ahrimã está ainda mais além do próprio Ego (…). Dizíamos em passadas reuniões o que é o Ego. Porém, agora avançando didaticamente, diremos agora o que é a Base do Ego, o seu Fundamento, que está mais além do Mim Mesmo. Ele é o “Iníquo” (dito em II Tessalonicenses 2,7-8 "Por que já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém, até que do meio seja tirado. E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e destruirá pelo esplendor de sua vinda) de que nos fala Paulo de Tarso nas Sagradas Escrituras, o Homem do Pecado, a antítese digamos, ou o anverso da medalha com relação, precisamente, ao Filho do Homem: ou O Anticristo (…). No Apocalipse de São João, fala-se da Besta de sete Cabeças e dez Cornos. Apocalipse 13,1 diz: "E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia". Essas sete cabeças são os sete pecados capitais  (ira, cobiça, luxúria, inveja, orgulho, preguiça, gula, com todas as suas derivações). Já os dez cornos representam a Roda do Samsara (pode ser descrito como o fluxo constante de nascimento, doença, envelhecimento, morte e renascimento pelo qual todo ser está sujeito). Isso significa que gira incessantemente. Por isso se diz em Apocalipse 17,8 “sobe do abismo e vai à perdição”; corresponde à Roda do Samsara. Devemos refletir nisso profundamente (…). Fala-se de outra “Besta”, Apocalipse 13,11 a que tem “dois cornos” e se diz que “a primeira recebeu uma ferida em uma de suas sete cabeças (ferida de espada), porém, que sarou”, e que “as multidões todas se maravilharam do poder da Besta, que foi ferida e voltou” (…). Deve-se saber compreender que se pode acabar com os “elementos” que constituem o Ego, mas, sem embargo, “ressuscitam na Besta”, no Anticristo, no monstro das sete cabeças. Quando se aniquilaram, absolutamente, os demônios da ira, é como se tivesse ferido uma das cabeças da Besta, porém, logo se fortifica tal defeito em dita cabeça e a Besta vive. É como se acaba com a cobiça em todas as quarenta e nove Regiões do Subconsciente, quando se aniquilam os elementos inumanos da cobiça, e a mesma revive com mais força em outra das cabeças da Besta, e assim, sucessivamente (…). Quando um homem consegue morrer totalmente em si mesmo, ainda fica a Besta. Por isso se diz, meus queridos irmãos, que “antes do Cristo vir, vem o Anticristo”. Antes que o Cristo ressuscite em um Homem, manifesta-se o Anticristo, a Besta que deve ser morta (…). Bem, diz o Mestre Jesus no evangelho em Mateus 26,52 que “o que pela espada fere, pela espada há de morrer”; “quem a outros conduz ao cativeiro é também conduzido ao cativeiro”; e que é dito em Apocalipse 14,12 “eis aí a paciência dos Santos”. Com isso se quer dizer que à base de infinita paciência, o Anticristo em nós pode ser morto, por isso se requer Paciência e Trabalho (…). Inquestionavelmente, o Anticristo faz “milagres” e “prodígios” enganosos: inventa bombas atômicas (assim é como faz “chover fogo do céu”). É cético por natureza e por instinto, terrivelmente materialista. Quando se ouviu dizer que Ahrimã seja místico? Nunca! Por isso, os turânios (Nota do Gnosis Online: povos bárbaros e involutivos atlantes que se estabeleceram em certas regiões do atual Irã e renderam culto a um mago negro cabeça de legião de nome Ahrimã), querendo dominar o mundo estabeleceram o culto de Ahrimã, ou seja, o culto do Anticristo. Há duas ciências, de toda a eternidade: uma é a Ciência Pura, que só a conhecem os Perfeitos, e a outra é a da Besta, a do Anticristo, terrivelmente cética e materialista, que se baseia no raciocínio subjetivo, que não aceita nada que se pareça com Deus ou que o adore (…) espantosamente grosseira. Se vocês derem uma olhadela no mundo atual, verão a Ciência do Anticristo por todos os lugares. E estava dito pelos melhores profetas da Antiguidade que “chegaria o dia da Grande Apostasia, em que não se aceitaria nada semelhante a Deus, ou que se o adorasse (…)”. Esse dia chegou e estamos nele. Depois da Grande Apostasia em que estamos (que cresceu e crescerá ainda mais), virá o Cataclismo - catástrofe mundial - Final. Assim está escrito por todos os grandes profetas do passado. O que necessitamos é Compreensão suficiente para não seguirmos a Besta. Desgraçadamente, cada um de nós a leva no fundo de sua psique. Se somente fosse uma Besta externa, como alguns supõem, o problema não seria grave, porém, o grave, irmãos, é que cada um a carrega  e tem uma força terrível. Observem vocês mesmos e a descobrirão (…). Se vocês são sinceros consigo mesmos e meditarem, se concentrarem em seu interior, tratando de se auto explorar, poderão evidenciar dois aspectos perfeitamente definidos: um, sincero, o da Mística verdadeira, o daquele que anela, o que quer de verdade se auto realizar, conhecer a si mesmo; mas há outro aspecto de vocês mesmos que o sentiram, que sabem que existe: o da Besta, que rechaça estas coisas, que se opõe a estes anelos e que, ainda que um homem seja muito devoto e sincero, tem momentos em que sendo assim, tão sincero, se maravilha de que haja nele algo em seu interior que se opõe definitivamente aos anelos espirituais. Ainda mais, que chega a rir de tais anelos. De formas que há uma luta, digamos entre duas porções da psique: a que anela de verdade e que é a Essência pura, e a da Besta, que ri destas coisas, que é grosseiramente materialista, que não as aceita. Se forem sinceros consigo mesmos e se auto explorarem, poderão evidenciar a realidade do que estou lhes dizendo. E é que a Besta, Ahrimã, o Anticristo, não está interessado em assuntos espirituais. Certamente, a ele o único que interessa é a matéria física, densa, grosseira (…). Precisamente, o ateísmo marxista-leninista, o materialismo soviético, tem seu fundamento em Ahrimã (…). (Hoje o materialismo, racionalista, técnico cientificista está enraizado também no mundo capitalismo, tentando subtrair a essência daquilo que é divino em nós). Porém, digo a vocês: necessita-se ser sincero consigo mesmo. Em vocês há uma parte que é a Fé e sentem em sua psique o anelo, mas há outra parte que a vocês mesmos não lhes agrada, porém que existe, e que é o CETICISMO (…). “Isso existe e não existe”, é a antítese do que vocês querem, e o mais grave é que vocês também são essa antítese. Obviamente, tal antítese é a do Anticristo, a de Ahrimã (…). Vocês sabem que a morbosidade, por exemplo, a luxúria, é asquerosa, abominável, porém há algo na psique de vocês que ri de seus anelos de Castidade, que consegue às vezes ganhar uma partida, que se burla de vocês: é o Ahrimã, a Besta (…). Vocês sabem que a ira, por exemplo, é asquerosa, porque mediante a ira se perde a clarividência, que se arruína. Vocês se propõem a não ter ira, porém, em qualquer momento vocês estão “trovejando” e “relampagueando”. Obviamente, não duvidam de que se trata dos Eus e até conseguem controlá-los, porém, algo surge no fundo, atrás desses Eus, que se mofa de suas boas intenções. Um homem poderia acabar com a ira, mas sem embargo, em qualquer momento poderia senti-la, mesmo tendo acabado com ela, porque qualquer cabeça da Besta, ferida pelo fio da espada, volta outra vez a s curar (…) eis aí o Poder da Besta. Por isso é que todos se inclinam ante a Besta e a adoram (…) É o Anticristo! Os que supõem que o ANTICRISTO já nasceu na Ásia, por ali, e que vem rumo ao Ocidente e que aparecerá em tal ano, fazendo maravilhosas e prodígios, está completamente equivocado: CADA QUAL O LEVA EM SEU INTERIOR!  É a Besta, é Ahrimã, é digamos o anverso da medalha do Homem Causal. Está formado por todas essas causas ancestrais, delituosas, que desde os antigos tempos temos criado, de vida em vida; é o aspecto negativo do Homem Causal. Assim, então, se formos sinceros, se formos honrados com nós mesmos, se tivermos o valor de auto explorarmos judiciosamente, viremos a descobrir que realmente “O INÍQUO” de que nos fala Paulo de Tarso nas Sagradas Escrituras, e QUE É CADA UM DE NÓS. Tudo que “cheira a Deus”, que se adore, é motivo de burla para o Iníquo. Observem vocês a si mesmos: Têm seus momentos de mística, de oração, de devoção (são momentos deliciosos), porém, de todo modo, numa hora menos pensada surge o Iníquo, que ri de todas essas coisas. Quando vocês o notarem, já será tarde, ele já riu. É que cada um leva em seu interior e é muito forte, muito poderoso, faz “milagres” e "prodígios” enganosos, inventou toda esta Falsa Ciência. E todos os sabichões de laboratório de física, mecânica, biologia, que não veem mais além de seus narizes, dizem: “Isso? Isso não existe, não está demonstrado!” “Aquilo? são lendas das pessoas ignorantes de outros tempos, de antes!”, com uma soberba e um cinismo desconcertantes. Esta é a Ciência do INÍQUO, do ANTICRISTO! Há outra Besta, diante do Iníquo, que tem dois cornos: é o Eu, o Ego, o mim mesmo, que lhe é dado fazer todas as “maravilhas e sinais” diante da humanidade e que defende o Iníquo, dotada de grande poder. Essas são as duas Bestas do Apocalipse de São João. Muitos conseguem destruir a primeira Besta, submetem-se às ordálias da Iniciação e o conseguem, porém, mui raros são os que conseguem aniquilar o Iníquo, o Anticristo. “Não há como a Besta!”, diz a humanidade, e todo joelho se dobra ante a Besta. Ela faz aviões ultrassônicos, foguetes que cruzam o espaço a velocidades gigantescas, ela cria soros, medicamentos, elabora armas atômicas de todo tipo, a chispante intelectualidade, os líderes políticos etc. Destruir o INÍQUO, quem conseguirá? Quem será suficientemente forte como para destroçá-lo em si mesmo? Alguns o conseguiram, sim, mas depois delinquiram (...) a Besta tem a força que pode ser morta e ressuscitar. Obviamente, o Filho do Homem, quando vem a este mundo, é sempre submetido à ignomínia, exposto a toda classe de vexações. Porém, quem é seu vexador? Quem o submete à ignomínia? A Besta! Quando Ele vem a este mundo, tem de entrar na Besta, e a Besta se mofa dele e lhe submete à ignomínia; é seu cárcere, é sua prisão. Se Ele é valoroso, a Besta é covarde, e então é submetido à ignomínia. Se é casto, a Besta não o é, e Ele sofre o indizível. Mas quando a Besta é morta, quando é lançada no “lago ardente de fogo e enxofre”, que é a Morte Segunda, o Filho do Homem ressuscita dentre os mortos e vive. Vocês terão bem visto como se representa o Divino Rosto: a cabeça coroada de espinhos do Filho do Homem. Abundam em distintos lugares do mundo tais cabeças, vêm da Idade do Bronze (5.000 mil anos atrás), e é que o rosto do Filho do Homem é banhado em sangue pelas vexações que sofre. Medito, dentro da Besta, há de sofrer até que a Besta seja morta. Escrito está, pois, que “ antes de vir o Cristo, virá o Anticristo” em cada um de nós. E falando de forma coletiva, direi: que antes de vir a Idade de Ouro (a era dourada é conhecida como uma era de paz, harmonia, estabilidade e prosperidade), o Anticristo se terá feito onipotente sobre a face da terra. “A Ciência se multiplicará”, diz Daniel 12,4 (a ciência materialista do Anticristo), “entra nele e todo joelho se fincará ante a Besta.” Assim está escrito em Apocalipse 13. O “Falso Profeta que faz os sinais diante da Besta” é o Ego, o Eu, o Mim Mesmo, o Si Mesmo; e a Besta monta sobre a Grande Rameira, qual seja: o Abominável Órgão Kundartiguador, a Serpente Tentadora do Éden. Assim, então, irmãos, é necessário compreender o que é a Besta. Tem poderes terríveis, gigantescos. Quando se compreende isto, preocupa-se então por fazer dentro de si mesmo uma Criação Nova. Como disse Paulo de Tarso (e isso é verdade) em I Coríntios 7,19: “A circuncisão nada vale, a incircuncisão nada vale, o importante é fazer uma Nova Criação”. E qual é essa “nova criação”? É a fabricação dos Corpos Existenciais Superiores do Ser. E qual é a “marca do Cristo”? Os Estigmas, diríamos, os Sinais de Mercúrio com os quais se está trabalhando (falando em rigorosa Alquimia). Mas se alguém não faz uma Nova Criação, nada fez. Nos antigos Mistérios do Egito, quando o Iniciado ia receber sua primeira Iniciação, entrava num sepulcro, cheio de muitos Verbos, e ali permanecia adormecido três dias com suas noites, como que morto. Então, fora do corpo físico, encontrava-se cara a cara com sua Mãe Divina (Ísis), a qual trazia em sua destra um livro (o Livro da Sabedoria, mediante o qual é possível se orientar para realizar a Grande Obra). E qual é o Livro da Sabedoria? O Apocalipse! E quem o entende? O que estiver fazendo a Grande Obra. Quem não estiver fazendo a Grande Obra não o entenderá porque esse é o “Livro de toda a Criação”. Passados os três dias, o Iniciado ressuscitava dentre os mortos, porque voltava à vida. É claro, não era a Ressurreição Maior, não; era a Pequena Ressurreição, porque em cada Iniciação algo morre em nós e algo ressuscita em nós. Então, por este Caminho vamos morrendo e ressuscitando pouco a pouco. Esses três dias são as três Purificações pelas quais se tem de passar: três Purificações pelo Ferro e pelo Fogo. A Ressurreição Maior somente é possível depois da Morte Maior. Quando se ressuscita a fundo, quando se passa pela Grande Ressurreição, Ahrimã morre, já não fica nada do Anticristo, nem da Besta, nem do Falso Profeta; para eles, Apocalipse 20,10 o “lago ardente com fogo e enxofre”, que é a Morte Segunda. Então, levanta-se o Filho do Homem, Ele ressuscita no Pai e o Pai ressuscita no Filho, porque o Filho e o Pai são Um. Assim, então, tudo está dentro de nós, é dentro de nós mesmos que nos cabe trabalhar. Assim, como estamos, somos um fracasso! Necessitamos que o Ego morra, e tendo conseguido isso, se faz necessário que morra a Besta, o Ahrimã, o “monstro de sete cabeças e dez chifres”, o anverso do Homem Causal. Só assim, meus queridos irmãos, é possível ressuscitar um pouco mais tarde. Antes desse instante, teremos de nos contentar com pequenas mortes e ressurreições. Porém, não é possível a Ressurreição Final antes da morte da Besta (…). Todas as Escolas nos falam de que o Iniciado permanece três dias num Sepulcro e que depois disso sai transformado. Algumas escolas tomam isso literalmente, cruamente, e creem que de verdade são três dias, ali, recostado, metido num caixão de morto, e que logo se levanta feito um Deus. Não entendem a realidade das coisas, não querem compreender que esses três dias são as três Purificações pelo Ferro e pelo Fogo. Para se conseguir isso, necessita-se de toda uma vida de sacrifícios. Zoroastro (profeta e poeta nascido na Pérsia, provavelmente em meados do século VII AC), Zaratustra, começou muito jovem e já ancião, o conseguiu. Há os que começam já numa idade madura, ou velhos. Obviamente, não alcançam em uma só existência fazê-lo, mas podem avançar muito, e em sua futura existência, terminar a Obra. Porém, repito: NÃO É POSSÍVEL CHEGAR à RESSURREIÇÃO SUPREMA SEM A MORTE DO ANTICRISTO! Todos os seres, incluindo Ele (JESUS), tiveram de branquear (o diabo), se Ele não havia logrado branqueá-lo de todo, depois teve de branqueá-lo através da Iniciação. Em todo caso, o Drama Cósmica da Iniciação é altamente simbólico, os Evangelhos estão escritos em Chave, foram feitos POR Iniciados e PARA Iniciados. Necessita-se passar toda uma vida de Estudos Herméticos e depois de haver chegado à ancianidade é quando se vem a compreendê-lo. Necessita-se haver branqueado seus cabelos (em Sabedoria), pra se poder chegar a entender o que são os Evangelhos. www.gnosisonline.com.br. Abraço. Davi

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