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OS ANJOS EM OUTROS CREDOS – NA TEOSOFIA E NA LITERATURA. A palavra anjo em
hebraico é malach, que
significa mensageiro, daí a razão pela qual Jeová, o deus bíblico, utiliza-se
desse termo para designar a todos os espíritos obsessores que são seus
subalternos e que formam as suas diversas falanges, pois que eles são os
verdadeiros mensageiros do mal. Mas estando ainda presos na fase da imaginação,
os seres humanos raciocinam apenas através das representações de imagens,
combinando-as, e as imagens que lhes vêm é que os anjos são os entes por mor de
Jeová, tais como se fossem enantiomorfos, que servem de elo transmissor entre
esse deus trevoso e os seres humanos, sendo por isso que a existência desses
anjos é revelada em vários trechos da Bíblia hebraica, em diversos textos da
literatura rabínica e no folclore judaico, pois que tudo isso é proveniente dos
espíritos obsessores, que atuam sobre os médiuns videntes, ouvintes e
psicográficos, daí a razão pela qual alguns anjos são até citados pelos seus
próprios nomes. Todos os anjos são espíritos inferiores que se encontram
quedados no astral inferior, que assumem os tipos de funções, segundo as suas
especialidades obsessivas, cujas funções se apresentam aos olhos dos credulários
como se decorressem de boas ações, mas são todas voltadas para o lado do mal. O
budismo e o hinduísmo descrevem os anjos, que também são chamados de devas, de maneira
semelhante aos demais credos e seitas ocidentais, em que o seu nome é derivado
da raiz sânscrita div, que significa brilhar, cujo brilho não é proveniente da luz
astral, mas sim do fogo, daí a razão pela qual o nome significa seres brilhantes. Segundo as
tradições budistas e hinduístas, os anjos comem e bebem, o que se explica em
função dos seus estados materializados, e podem construir formas ilusórias para
poderem se manifestar em planos de existência diferentes dos seus próprios
planos, o que se explica em função dos seus corpos fluídicos, que podem assumir
todos os tipos de formas. O budismo estabelece as categorias angélicas de um
modo relativamente completo para os seus devas, cujas categorias foram herdadas
em grande parte da tradição hinduísta. Mas o fato é que não existem os anjos
propriamente ditos, pois que todos eles não passam de espíritos obsessores
quedados no astral inferior, não importando o credo ou a seita em que eles
sejam considerados. A imagem abaixo retirada do blog
dharmadhannyael.blogspot.com.br/, que segue o credo budista, também retrata com
clareza a esses espíritos inferiores. Os seres humanos ainda não conhecem
naturalmente a importância fundamental das vibrações magnéticas, das radiações
elétricas e das radio vibrações eletromagnéticas, que devem ser dirigidas a
Deus e ao Astral Superior, para que assim possam formar correntes de atração
realmente poderosas com os espíritos luz, para que através destas correntes
eles consigam se deslocar dos seus Mundos de Luz e virem até a este mundo, a
fim de que possam espargir os seus fluidos benéficos e revitalizadores em nossa
alma, assim como também a raiar os seus raios de luz em nossos corpos mentais,
desobstruindo os nossos criptoscópios e os nossos intelectos, avivando as
nossas percepções e as nossas compreensões, respectivamente, para que as nossas
consciências possam coordená-los, estando os nossos órgãos mentais
desobscurecidos. Somente através das nossas vibrações magnéticas, radiações
elétricas e radio vibrações eletromagnéticas dirigidas a Deus e ao Astral
Superior, é que se poderão formar correntes realmente poderosas para que todos
os anjos negros possam ser arrebatados do astral inferior, juntamente com os
seus deuses, tais como Jeová, Alá e outros, para que assim eles possam
ser transladados para os seus respectivos mundos de origem, que são os
Mundos de Luz, quando então eles poderão dar prosseguimento às suas evoluções
espirituais, não deixando que os débitos por eles contraídos venham a aumentar
ainda mais, pois que já são demasiadamente grandes os débitos espirituais que
eles contraíram. Sem que tenham a mínima noção acerca das vibrações magnéticas,
das radiações elétricas e das radio vibrações eletromagnéticas, que devem ser
dirigidas a Deus, ao verdadeiro Deus, que é o Ser Total, a Força Total, a
Energia Total e a Luz Total, em que Nele todo o Universo se encontra contido,
pois que Ele é o Todo, e também ao Astral Superior, que são os executores da
Sua vontade, os credulários budistas vêm tratar apenas das vibrações
magnéticas, que parte da imaginação humana, mas, infelizmente, dirigida
diretamente ao astral inferior. Vejamos o que diz o blog budista
dharmadhannyael.blogspot.com.br/, que assim se expressa: “A imaginação é
magnética vibracional. Olhe para esta imagem e veja o poder infinito que o
homem carrega dentro de si, ele espelha a inteligência e a vontade de Deus. Eu
sou tudo aquilo que é. Procure cultivar a alma, a Presença Divina do Eu
Superior com a integridade e a honestidade, que a chave virá para as suas mãos,
a porta do universo da mente de Deus irá abrir. O homem traz em seus átomos a
memória divina e para ter acesso, a luz de Deus deve descer e assumir a
consciência. Seja feita a vontade de Deus”. Esse rol de bobagens
contido nesse blog budista não possui o mínimo fundamento, pois o homem não
carrega dentro de si nem o poder e nem a ação infinitos, os quais vão se
alojando em si em conformidade com o processo evolutivo, já que a nossa meta
evolutiva é alcançar a onipotência, a onipresença e a onisciência, quando então
nós poderemos proceder aos nossos retornos ao verdadeiro Criador, no qual nós
sempre existimos e Dele saltamos individualizados para habitar o Universo,
diferentemente das patifarias contidas no Gênesis da Bíblia. Não é a mente de
um deus trevoso e malvado que irá se abrir para também nos abrir a porta do
Universo, já que todos os deuses se encontram quedados no astral inferior,
presos à atmosfera terrena, assim como também os seus anjos negros, sem
qualquer possibilidade de acesso ao Universo, pois quem deve abrir as portas do
Universo somos nós mesmos, envidando o máximo de esforço por evoluir, para
adquirirmos a moral e a ética, portanto, a educação, que são os fatores
fundamentais para que possamos alcançar a esse desiderato, ou seja, para que
possamos nos universalizar. É por isso que os espíritos obsessores enegrecem e
assumem a consciência dos seres humanos, pois que estes só raciocinam como se
fossem átomos e moléculas, cativos da ilusão da matéria, ou mesmo como se
fossem almas, e também espíritos, embora não saibam diferenciar a alma do
espírito, posto que cativos do devaneio do sobrenatural. E, por fim, quando
eles dizem: “Seja
feita a vontade de Deus”; é o mesmo que dizer: “Seja feita a vontade do
astral inferior”. Note-se que os budistas dizem o seguinte: “Olhem para esta imagem
e veja o poder infinito que o homem carrega dentro de si”. Pois bem,
a imagem a que se referem os budistas é esta posta logo abaixo, e esse “poder
infinito” se encontra posto logo mais abaixo. Ressaltando-se aqui que Buda é um
espírito de altíssimo valor, que compõe a plêiade do Astral Superior, por haver
sido um grande veritólogo. Mas os ensinamentos da sua doutrina foram todos
deturpados pelos seus seguidores no decorrer do tempo, e, além de deturpados,
foram divididos em várias correntes que ainda hoje se encontram espalhadas pelo
mundo. O espiritismo faz uma descrição angélica muito semelhante à tradição
judaica e à tradição dita cristã, pelo fato dele ser bíblico, por isso considera
os anjos como se fossem seres perfeitos que atuam como mensageiros dos planos
superiores, embora não venha atribuir forma ou aparência a tais seres, sendo
apenas uma visão de suas formas morais. Mas se o espiritismo considera a visão
angélica como sendo a sua forma moral, então vejamos a visão moral angélica do
espiritismo, através da imagem posta logo abaixo, cuja imagem foi retirada do
blog Fraterluz – Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo. Sendo bíblico o
espiritismo, então esse credo jamais poderia adquirir uma visão realística a
respeito do verdadeiro Deus, por isso a sua visão se volta totalmente para
Jeová, o deus bíblico, que passa a ser personificado como se fosse
soberanamente bom e justo, em que a diferença da visão espírita para os demais
credos e seitas bíblicos é que o deus bíblico não precisa mais evoluir, pois
que sempre foi perfeito e imutável, justamente por esta razão não teria criado
os homens perfeitos, pois isso seria creditar ao deus bíblico a capacidade de
ser injusto, em função da necessidade que os homens enfrentam em relação à
experimentação sucessiva para que possam se aperfeiçoar. Como todos os credos e
seitas são sobre naturalísticos, pois que nenhum deles consegue discernir o que
sejam a alta e a baixa espiritualidades, portanto, o que sejam o Astral
Superior e o astral inferior, e que não existem anjos, sendo isto uma invenção
do astral inferior, pois que os anjos não passam de espíritos obsessores, vem o
espiritismo apresentar a sua versão de que tais seres angélicos, independente
das suas hierarquias celestiais, estão neste ponto evolutivo por mérito
próprio, sendo espíritos santificados e livres da interferência da matéria
pelas próprias escolhas que fizeram no sentido evolutivo e de renúncia de si
mesmos ao longo do tempo, sendo facultado também aos homens atuais, ainda muito
materializados, poderem atingir a esses estágios de perfeição, através dos seus
esforços morais e intelectuais nas múltiplas reencarnações por que passarem em
suas existências. O próprio Allan Kardec (1804-1869), que foi o fundador do
espiritismo kardecista, afirmou que os anjos seriam os espíritos elevados de
benignidade, superior protetores dos necessitados e mensageiros do amor, os que
trazem mensagens do mundo incorpóreo, sendo por isso chamados de anjos, cuja
palavra significa mensageiros, os quais aparecem inúmeras vezes nos textos
sagrados dos credos judaico-cristãos, indicando a comunicabilidade entre os
vivos e os mortos. Ainda segundo o espiritismo, em sua imaginação mais
comumente conhecida e aceita pelos espíritas, os anjos seriam criaturas
perfeitas ao serviço do deus bíblico, sendo, pois, os espíritos que já
alcançaram a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas, que assim, ao
alcançá-la, passariam a dedicar a sua existência a fazer cumprir a vontade do
deus bíblico na sua criação, por serem capazes de compreendê-la completamente.
No entanto, tal como se fosse uma criança, a alma é inexperiente nas primeiras
fases da existência, sendo por isso falível, pois que o deus bíblico não lhe dá
essa experiência, apenas o meio para adquiri-la. Assim, um passo em falso na
senda do mal passa a ser um atraso para a alma, como se existisse a involução,
que aprende à sua custa o que importa evitar, aos sofrer as consequências.
Deste modo, pouco a pouco, a alma se desenvolve, aperfeiçoa-se e se adianta na
hierarquia espiritual até ao estado de puro espírito, ou anjo. Os anjos, pois,
são as almas dos homens que chegaram ao grau de perfeição que a criatura
comporta, usufruindo em sua plenitude a prometida felicidade. Porém, antes de
atingir ao grau supremo, gozam de felicidade relativa ao seu adiantamento
espiritual, cuja felicidade consiste nas funções que o deus bíblico apraz lhe
confiar, sem qualquer ociosidade, com os seus desempenhos sendo ditosos, sendo
este o meio mais recomendável para se obter o progresso espiritual. Por fim,
para o espiritismo, por toda a eternidade sempre tem havido puros espíritos, ou
anjos, porém, como a sua existência humana se passou em um infinito passado,
eis que supomos como se tivessem sido sempre anjos em todos os tempos. Assim,
realiza-se a grande lei da unidade do criacionismo, pois o deus bíblico nunca
esteve inativo e sempre teve puros espíritos, experimentados e esclarecidos
para a transmissão das suas ordens e da sua direção do Universo, desde o
governo dos mundos até aos mais ínfimos detalhes. Tampouco teve o deus bíblico
a necessidade de criar seres privilegiados, isentos de obrigações, uma vez que
todos os antigos e novos adquiriram as suas posições na luta e por mérito
próprio, pois, enfim, são filhos das suas obras. A angelologia islâmica é
largamente dependente das tradições do zoroastrianismo, do judaísmo e do falso
cristianismo primitivo, por isso nela existe também uma classificação
hierárquica. Mas a angelologia islâmica deverá ser tratada em capítulo à parte,
pois que ela se relaciona diretamente com Lúcifer. Registra-se apenas as
imagens de espíritos obsessores que formam a angelologia islâmica, pois que
todos os anjos representam espíritos quedados no astral inferior, de acordo com
a imagem posta logo abaixo. A Teosofia é uma palavra proveniente do grego theos, que
significa deus, mais a palavra grega sophia, que
significa sabedoria, acrescida do sufixo ia, cujo
significado literal pode ser compreendido como sendo o conhecimento de deus,
assim mesmo em minúsculo, mas como existem vários deuses pululando no astral
inferior, a Teosofia passa a designar diferentes doutrinas místicas e iniciáticas
de sentido esotérico. Os espíritos obsessores atuam sobre as pessoas que são
iniciadas na Teosofia, por isso elas têm uma noção mais primitiva de caráter
abstrato sobre os deuses, sendo impraticável a descrição completa de tudo isso,
pois cada teosofista possui o seu próprio conceito de Teosofia, que se liga a
si próprio, em conformidade com as intuições obsessivas e as obras que estudou,
que passam a formar a sua imaginação. Essa noção de caráter mais primitivo
acerca dos deuses é proveniente do substrato de todos os credos e seitas
existentes desde a antiguidade, que se mesclam com as saperologias equivocadas
postas no mundo pelos veritólogos, em que nesses encontros desencontrados,
digamos assim, estabelece-se os diversos sistemas de crenças ao longo da
história, em maior ou em menor grau, pelo que se inclui até o método científico.
Além de tudo isso, existe uma forte ligação com o ocultismo, ressalvando-se
aqui que, ao contrário do senso comum, que liga o ocultismo como sendo algo
vinculado ao mal, a Teosofia aborda o conhecimento oculto como sendo uma fonte
viável de informações, tal como aborda os credos e as suas seitas, limitando-se
a propagar os conhecimentos voltados para o bem e a elevação espiritual, porém,
como medra na ignorância e se relaciona diretamente com o astral inferior, não
pode deixar de se situar ao lado do mal, pois que o bem somente pode ser
praticado com o esclarecimento espiritual. Em 7 de setembro de 1875, a
Sociedade Teosófica passou a surgir a partir de uma primeira reunião na cidade
de Nova Iorque, com a sua primeira ata sendo lavrada no dia seguinte, tendo
como os seus principais fundadores o coronel Henry Olcott (1832-1907), que foi
indicado o seu primeiro presidente, William Judge, que foi indicado como sendo
o seu primeiro secretário, e Helena Blavatsky (1831-1891), uma influente
fundadora do total de dezesseis membros fundadores. O discurso inaugural foi
proferido pelo seu primeiro presidente e fundador, o coronel Henry Olcott, em
17 de novembro, cuja data é considerada como sendo a data oficial de fundação
da sociedade. Essa sociedade foi fundada para promover os ensinamentos antigos
da Teosofia, considerando a sabedoria relacionada ao divino como sendo a base
de outros movimentos do passado, tais como o neoplatonismo, o gnosticismo e as
escolas de mistérios do mundo clássico. Mas como essa sociedade foi fundada sob
a influência do astral inferior, em função disso passaram a ocorrer conflitos e
desentendimentos internos, principalmente após a morte de Helena Blavatsky, uma
das fundadoras e o membro de maior influência, que desencadearam em alguns
minúsculos grupos dissidentes da sociedade, como, por exemplo, o grupo de
dissidentes da Sociedade Teosófica dos Estados Unidos se tornou independente e
a sociedade então foi dividida em duas. A Teosofia admite a existência dos
seres angélicos, assim como também a existência de várias classes entre eles,
embora existam relativamente poucos estudos nesse campo que possibilitem uma
sistematização mais profunda, em que os estudos de Charles Leadbeater
(1854-1934) e de Geoffrey Hodson (1886-1983) são as suas fontes mais ricas e
paradigmáticas. Charles Leadbeater vem afirmar que os anjos constituem um dos
muitos reinos da criação divina, e, ao contrário daquilo que afirma o
espiritismo, o reino angélico, assim como os demais reinos, está também sujeito
à evolução, por isso existem grandes diferenças em poder, sabedoria, amor e
inteligência entre os seres angélicos. Por esse mesmo motivo, ou seja, o de
constituírem um reino independente, com interesses e as suas próprias metas,
ele afirma que os anjos não existem mormente em função dos homens e dos seus
problemas humanos, assim como imagina a cultura popular, apesar de assisti-los
em uma variedade imensa de formas, como, por exemplo, na ministração dos
sacramentos das igrejas, na cura espiritual e corporal dos homens, e também na
sua inspiração, encorajamento, proteção e instrução. Mesmo que o reino angélico
como um todo esteja envolvido em muitas tarefas que não dizem respeito ao
homem, ele vem afirmar em sua obra A Ciência dos Sacramentos, que existe uma
classe de anjos especialmente associada aos homens, a classe dos anjos da
guarda, que na verdade são uma espécie de silfos — seres mitológicos da
tradição ocidental que são masculinos, ao contrário das fadas, cujo termo é
proveniente de Paracelso (1493-1541), que as descreve como elementais que
reinam no ar, assemelhando-se às vezes aos anjos, chegando a favorecer ao homem
na sua imaginação, comprovando assim as ações do astral inferior —, aos quais
se confiam as pessoas por ocasião dos seus batismos, e que por seus serviços
conquistam a individualização, tornando-se serafins. Como se pode claramente
constatar, o batismo é extremamente prejudicial aos seres humanos. Geoffrey Hodson
vem afirmar que os anjos possuem uma atitude completamente diferente da atitude
humana em relação ao que ele considera deus, não concebendo uma existência
personalizada individual, mas sim uma consciência única central e, ao mesmo
tempo, difusa e onipresente, de onde as suas próprias consciências derivam e à
qual estão inextricavelmente ligadas. Os anjos se sentem unidos a essa
consciência única central e para eles não é possível experimentar o egoísmo, a
separação, o desejo, a possessividade, o ódio, o medo, a revolta ou a amargura,
em função desse unidade. Apesar de serem essencialmente seres amorosos, o seu
amor é impessoal, sendo extremamente raras as associações estreitas com
quaisquer indivíduos. Em seus escritos, Geoffrey Hodson divide os anjos em
quatro tipos principais, associando-os aos quatro elementos da saperologia antiga:
terra, água, fogo e ar. O autor faz também uma associação dos anjos com a
Árvore Sefirotal. Sefirot são as dez emanações de Ain Soph na
cabala. Segundo a cabala, Ain Soph é um princípio que permanece
não manifestado, sendo incompreensível à inteligência humana, sendo desse
princípio que emanam os Sefirot em sucessão, cuja sucessão de emanações forma
a árvore
da vida. Os Sefirot emanados obedecem a seguinte sequência:
1.Kether: coroa;
2.Chokmah: sabedoria;
3.Binah: entendimento;
4.Chesed: misericórdia;
5.Geburah: julgamento;
6.Tipareth: beleza;
7.Netzach: vitória;
8.Hod: esplendor;
9.Yesod: fundamento;
10.
Malkuth: reino.
Geoffrey Hodson afirma
ainda que um dos aspectos do Logos é de natureza angélica, acrescentando que ao
reino angélico pertencem os chamados espíritos
da natureza. Para ele, muitos desses anjos estão envolvidos em
processos naturais básicos, como a formação celular e a cristalização mineral,
por isso são de dimensões microscópicas, constituindo os primeiros degraus da
sua longa evolução em direção aos anjos planetários e a formas mais grandiosas,
como os arcanjos solares de estatura verdadeiramente colossal, ao ponto de
poderem ser percebidos dos pontos próximos à extremidade externa do sistema
solar. Outros tipos de anjos são os silfos, as salamandras, as fadas, as
dríades, as ondinas, e os variados espíritos da natureza conhecidos desde a
antiguidade em várias culturas. As suas descrições fornecem uma vívida
representação da importância desses seres na manutenção da ordem cósmica e na
manifestação do Universo, desde a sua origem insondável até as formas físicas,
passando por todos os degraus intermediários. Eu sua obra O Reino dos Deuses, o
autor oferece uma série de ilustrações dos aspectos de vários tipos de anjos,
diferindo radicalmente das tradicionais representações angélicas da cultura
ocidental, dizendo que apesar disso tanto o homem como o anjo derivam as suas
formas de um mesmo arquétipo. A imagem posta logo abaixo retrata aquilo que
Geoffrey Hodson imagina sejam os anjos e as suas realidades como espíritos obsessores.
Na
literatura da modernidade pouco espaço foi reservado para os anjos, que
sobrevive mais em função do culto dos mais jovens, porque perdeu o seu
significado original e assumiu a característica de um ser romântico, que muitas
vezes perde a sua natureza angelical ao se apaixonar por uma pessoa humana.
Mas, de qualquer maneira, as obras que tratam dos anjos passam a diferir umas
das outras, em que algumas são mais imaginativas, com os anjos que são caídos
enfrentando dilemas morais e éticos no âmbito existencial. Em algumas estórias
eles vivem aventuras repletas de ação e suspense. Em outras, eles vêm à Terra
para conhecer ou ajudar pessoas, quando então acabam por se apaixonar. Além das
asas, geralmente há sempre algo comum entre eles, que é o caráter humano que
trazem consigo, pois que mesmo apelando para o sobrenatural, os autores não
podem imaginar algo diferente da natureza humana. No entanto, há sempre uma
tendência na literatura de apresentar os anjos como sendo os seres que mais
próximos se encontram dos seres humanos, e, embora ignorem completamente a
natureza dessas proximidades, isto é realmente um fato, a realidade da vida
espiritual. www.afilosofiadaadministração.com.br.
Abraço. Davi
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