Religião
Afro-brasileira. UMBANDA. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico
Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Cinco. O CICLO DA VIDA I – EVOLUÇÃO –
NASCIMENTO E MORTE – ORIGEM DO PALNETA TERRA. SUA CONSTITUIÇÃO ASTRAL E FÍSICA
– SURGIMENTO DA VIDA NO PLANETA TERRA – EVOLUÇÃO – FILOGENÉTICA – SURGIMENTO DO
HOMEM – A PURA RAÇA VERMELHA – FILHOS ORIUNDOS DA “TERRA” –
“ESTRANGEIROS” CÓSMICOS – FORMAÇÃO DOS VEÍCULOS OU CORPOS DO SER ESPIRITUAL –
OS PRIMEIROS HABITANTES DO PLANETA – AS RAÇAS E SUB RAÇAS – REENCARNAÇÃO: TIPOS
– DESENCARNE. Filho de Fé, ao retomarmos fôlego, logo de início haveremos de
entender que nossa "casa planetária" teve um dia seu início. E claro
que a gênese do planeta Terra teve uma causa inteligente, pois sabiam os
componentes da Hierarquia Crística, que é a responsável por todo o planeta, que
a Terra, como planeta novo, serviria para albergar Filhos desgarrados de outros
planetas mais velhos e evoluídos, além de sua própria humanidade. Sabe-se que o
planeta Terra é um fragmento que se desprendeu do próprio Sol, estrela que
alberga a Hierarquia Crística, e, obedecendo as leis imutáveis da Mecânica
Celeste, iniciou naquele instante sua peregrinação, ou seja, sua jornada em
plena galáxia que lhe serve de suporte. Podemos dizer que um fragmento solar é
uma pira em movimento, um bólido ígneo que gravita a determinada distância,
dependendo inclusive sua massa do próprio Sol. Através de longos e longos
períodos de tempo, devido a vários processos, inclusive o da evaporação da
massa líquido-pastosa do planeta, foi-se formando, gradativamente, uma atmosfera.
É óbvio que o Filho de Fé já deve estar imaginando o "processo
estufa" que era a nossa abençoada Terra. De fato, a Terra era extremamente
quente, e sua atmosfera já saturava-se de elementos que deveriam retornar à
superfície plenos de forças propulsoras imantadas pelo poder vibratório da
Hierarquia Crística. Uma pequena alteração da massa gasosa e em sua inércia foi
condição suficiente para que uma pioneira faísca desencadeasse alterações
eletrostáticas e eletrodinâmicas que culminaram com a precipitação de
abundantes "dilúvios". Quando afirmamos faíscas, é claro que
entenderemos descargas elétricas que a priori eram de pouca intensidade, até
alcançarem intensidades jamais observadas a posteriori. O planeta, que em
verdade incandescia como um gigantesco cadinho, foi abençoado pelo seu Divino
Tutor e Sua Hierarquia com a bênção do "BATISMO CÓSMICO", e choveu
vários e vários milênios. As águas precipitadas estavam imantadas de
verdadeiras cargas "Luz e Vida", imantadas que foram pelos
componentes da Hierarquia do Senhor Jesus (Ysho ou Oshy, como veremos mais
tarde). Com as chuvas caindo em verdadeira fornalha, na qual se encontrava a
mal delimitada superfície terrestre, certos elementos químicos necessários à
futura organização das formas densas no planeta foram surgindo, através de
vários fenômenos físico-químicos, e também, muito especialmente, através do
Poder Operante dos Poderosíssimos Seres Espirituais da Hierarquia Crística.
Essas chuvas, em contato com a massa telúrica, moldaram para o nosso abençoado
planeta um novo relevo, embora ainda parcial e imperfeito. A Terra, ao
destacar-se do núcleo central do Sol, como vimos, precisou manter-se em
equilíbrio, obedecendo a complexos fenômenos, os quais submeteram-na a leis
matemáticas obedientes à Mecânica Celeste, que por sua vez obedece aos influxos
de Generosos e Sapientíssimos Emissários de Jesus. Estava, é bom que se frise,
distanciada do Sol em 150 milhões de quilômetros e deslocando-se no espaço, em
movimento de translação em torno do mesmo, com uma velocidade aproximada de 2,5
milhões de quilômetros/dia. Nesses fenômenos cósmicos que presidiram a gênese e
formação de nosso planeta, acharam por bem os Seres Espirituais da Hierarquia
Crística promover a formação de um satélite, que chamamos Lua, o qual
equilibraria toda a massa da Terra em seu movimento de translação em torno do
Sol, trazendo e conferindo também estabilidade vibratória ao planeta, a essa
altura quase já formado. Em seus vários posicionamentos, o satélite que orbita
em torno da Terra serviria como transdutor de luz polarizada e magnetismo, os
quais seriam necessários à formação e reprodução dos vários seres vivos que
futuramente iriam habitar essa "nova casa cósmica". Mas, voltando às
chuvas milenares, com elas iniciou-se o processo de resfriamento das camadas
externas do planeta, as quais se tornaram densas. Nesse momento da formação de
nosso planeta, iniciou-se a diferenciação da matéria, surgindo a priori o
hidrogênio e a condensação dos metais, que permitiu a configuração densa de nossa
superfície. As zonas internas, sobre as quais nos ateremos parcialmente ainda
neste capítulo, tiveram e têm regiões vazias ou cavernas, com rios
incandescentes, materiais pastosos e sistemas coloidais. Em sua zona central,
os processos ígneos, que dão impulso vibratório para parte dos movimentos que a
Terra executa, são hoje também responsáveis por certas queimas, já de ordem
etérica, de massas mentais completamente desorganizadas, que por processos
atrativos são direcionadas para essas zonas do "fogo central" da
Terra, sendo elas, atualmente, verdadeiras zonas de "arquivo dos
experimentos planetários". Ainda devassando as zonas muitos e muitos
quilômetros abaixo da superfície, além da zona ígnea encontraremos regiões de
densidade ou consistência semelhante ao estado sólido da água, com
características "enregelantes".3 No decorrer de nossos estudos,
entenderemos melhor essas zonas. Neste momento, ao fazermos uma pequena pausa
em nossa apagada descrição dos fenômenos que deram origem à formação do nosso planeta,
queremos chamar um pouco mais a atenção de nossos diletos Filhos de Fé. Filho
de Fé, neste instante você deve entender que não é interesse deste Caboclo
entrar em polêmica sobre a gênese planetária, tão nobremente defendida pela
nossa humanidade atual através de seus mais expressivos expoentes na área das
Ciências. Acreditamos que, no momento dos "tempos chegados", nossos
Filhos ainda presos aos grilhões abençoados do Corpo Físico entenderão melhor
todos esses processos, e verão que acima das leis que regem os fenômenos
físicos, foram eles presididos por "Mentes Excelsas", as quais deram
sequência às imutáveis Leis Divinas. Aguardemos aqueles que semeiam; a eles, na
hora certa, caberá a primazia da colheita. Augurando assistência aos abnegados
cientistas terrenos, voltemos onde havíamos parado. Retomou o fôlego, Filho de
Fé? Então sigamos avante. Sim, após longos e vários dilúvios, tiveram início,
embora a superfície da crosta terrena estivesse totalmente submersa, novos
processos de evaporação, sendo que desse fenômeno emergiu pela primeira vez,
após os dilúvios, a primeira zona de terra firme que permitiria, no futuro, os
processos biológicos ou da vida. Essa primeira zona que emergiu das águas foi
aquela que hoje conhecemos como BRASIL, em seu Planalto Central. Após a emersão
de terras sólidas, que se consolidou no decorrer dos tempos, ocorreram novas
chuvas, as quais já não mais inundaram essa região. Após essa região, é claro
que, no decorrer do tempo, outras foram emergindo. Formaram-se rios em várias
regiões, os quais eram veículos de elementos rochosos que, sem darmos os
pormenores, foram dando às águas em que estavam submersas outras porções de
terra uma composição diferente da dos rios e das chuvas. Essas águas com
elementos oriundos da erosão das rochas eram de características mais
concentradas, e sua composição, já salina, daria no futuro condições para o
surgimento da vida vegetal e animal, naquilo que definiremos como PROTOVIDA
(material gelatinoso que depois banhou as terras firmes, sendo o precursor da
vida física densa propriamente dita). Assim, esperamos que fique bem claro ao
Filho de Fé que o mar foi formado e deve sua composição às chuvas, que foram
carreadas juntamente com certos elementos erosivos da superfície rochosa pelos
rios, os quais emprestaram ao mar suas qualidades biofísico-químicas especiais.
É o mar, pois, o próprio "SANGUE PLANETÁRIO". Antes de voltarmos ao
planeta, cujo cenário encantador e belo aguardava o pulsar maravilhoso da vida,
voltemos a falar sobre a Lua. Como dissemos após longas noites açoitadoras, de
profundos e extensos fenômenos aquosos e eletromagnéticos, acharam por bem os
"responsáveis espirituais" pelos destinos do planeta Terra fazer
surgir a Lua. Da mesma forma que a Terra se desprendeu do fulcro solar, nossa
fonte de Luz e Vida, surge o nosso satélite que se desprende da Terra, tudo,
claro, como afirmamos, sob o beneplácito das Hierarquias do Cristo. Assim, o
surgimento da Lua, que a priori era mais próxima, deu ao planeta a necessária
estabilidade mecânica. Sua cinética celeste foi alterada, dando nova
configuração à sua trajetória, em relação ao seu movimento de translação. Seu
magnetismo e sua luz polarizada favoreciam os processos da vida, como também os
fluxos e refluxos dessa mesma vida que surgiria no planeta. Relembrando ainda
um pouco mais, após esse período houve novos fenômenos nas massas líquidas, com
consequentes resfriamentos e solidificações de outras zonas do planeta. As
águas do mar eram excessivamente quentes, e os vapores formados desencadearam
novas e milenares precipitações atmosféricas. Após esses fenômenos,
estabiliza-se a paisagem terrena, aclaram-se as regiões e o Divino Disco Solar
começa a enviar sua "Luz Vida" a esse novo cenário de vida e
evolução. Tudo pronto, pois, para receber as vidas no planeta. Nesse instante,
queremos frisar que resumimos ao extremo esse grandioso e arrojado projeto dos
"Arquitetos Crísticos", pois neste capítulo nossa finalidade é o
estudo do "Ciclo da Vida" e da necessidade do NASCIMENTO e da MORTE,
que, como veremos, nada mais são do que processos de transformação, os quais
atendem a programas sábios e justos da evolução. Em relação à explicação
resumida da gênese e formação do planeta, achamo-la plausível em virtude de ser
este abençoado planeta o palco do nosso nascimento, sendo então berço e veículo
de aprendizado e evolução no decorrer de uma existência, além de ser o palco de
nossa transformação em direção a novos planos e dimensões da vida, através da
tão mal compreendida morte. Antes de prosseguir informamos que, em obra futura,
se possível, descreveremos a gênese do Universo, nos atendo por ora à gênese do
planeta que nos serve de mãe-berço e evolução. Retornando ao assunto, tentemos
descrever a origem ou gênese da vida nesse cenário de evolução chamado planeta
Terra. Sob a orientação de Digníssimos Prepostos da Hierarquia Crística,
iniciam os "Arquitetos e Engenheiros da Forma-Vida" o arcabouço
básico onde se desenvolveria a vida. Edificam assim o mundo das células, sendo
essas precursoras das formas organizadas e inteligentes que viriam a se
consubstanciar no futuro como "vida complexa" propriamente dita, até
chegar na "idealização e realização" mais trabalhosa das Formas de
Vida — o HOMEM. Antes de chegarmos na complexidade da forma humana, deveremos
entender que vidas inferiores tiveram necessidade de aprimoramento, em que
"Divinos Modeladores da Forma" tiveram que experimentar
exaustivamente até alcançarem formas estáveis e adequadas à futura humanidade
que surgiria. Ao iniciar-se a "grande gestação da vida" no planeta,
Emissários das Cortes de Jesus (Ysho) aproveitaram-se da matéria coloide
albuminoide para semear as primeiras sementes da vida. Essa matéria coloide
albuminoide se estendia das profundezas do mar até os mais disformes sítios do
até então irregular relevo terrestre. Iniciou-se no mar, através da matéria
albuminoide, a odisseia da vida no planeta Terra. Edificaram-se as unidades
básicas da vida, os unicelulares. Vários desses unicelulares surgiram e se
diferenciaram, mas, de maneira geral, chamá-lo de seres ameboides. Esses seres
só tinham o sentido do tato, e gradativamente foram desenvolvendo funções
especiais, as quais seriam importantíssimas nos seres superiores, pois, como
sabemos, cada célula tem uma função específica. Mas voltemos aos unicelulares,
que aos poucos se agruparam formando colônias celulares, que seriam a base
evolutiva dos seres unicelulares aos pluricelulares. Nesse período da
"gestação da vida", surgiram seres que captavam a energia solar
através de sua luz, e através de várias outras transformações expeliam
oxigênio, o qual até hoje é indispensável à vida no planeta. Longos períodos,
milênios foram gastos para os Prepostos de Jesus* ajustarem essas formas que,
ao absorverem a luz, expeliam oxigênio. Vencida essa transcendental barreira, a
qual era de vital importância para a manutenção e prosseguimento da vida no
planeta, novos objetivos são buscados e, graças ao Sapientíssimo e
Misericordioso Mestre e Senhor Jesus, os experimentos são coroados de êxito.
Assim é que, na superfície terrestre ainda pantanosa, começam a surgir os
vegetais simples, os quais evoluíram para formas mais superiores, as quais,
além de embelezar o "novo jardim do Mestre", também transmutavam
elementos vitais necessários à manutenção do equilíbrio da Forma-Vida
planetária, muito em especial da forma humana, a qual encontraria nos vegetais
uma fonte energética contra elementos físicos e etéricos deletérios para o
Corpo Físico e todo o seu eletromagnetismo. Adiante, quando citarmos o Corpo
Astral, entenderemos melhor as ações dos vegetais... Mas voltemos às cadeias de
vida, que, como vimos, iniciaram-se no mar. Os complexos celulares no mar, a
Proto vida, ao se amalgamarem, formaram complexos celulares vegeto animais. Sem
entrarmos em digressões, diremos que esses complexos evoluíram em dois ramos. O
primeiro ramo pertenceria ao mar e dele tiveram origem a atual flora e fauna
marinha. Mais tarde, a fauna marinha originaria toda a fauna terrestre, e a
flora marinha originaria, através das algas, a maior parte do reino vegetal
terrestre. O segundo ramo deu origem a outra parte do reino vegetal terrestre,
a microflora (bactérias), além dos vírus. Neste instante perguntará o Filho de
Fé atento e estudioso: — Como esse primeiro ramo, ainda no mar, daria origem às
formas terrestres? Através das correntes marítimas, esses "complexos
celulares vegeto animais" gradativamente alcançariam, como em verdade
alcançaram, a terra firme. No clima ainda tépido do planeta, em terrenos
alagadiços e pantanosos, erguer-se-ia a vida. Alcançando terra firme, as algas,
que ainda hoje são responsáveis, a partir do mar, pela maior porcentagem de
produção do oxigênio atmosférico, deram origem às grandes vegetações
terrestres, que perduraram por vários períodos geológicos, permanecendo algumas
até nossos dias atuais. Com o aparecimento das espécies vegetais, tornou-se
propícia a atmosfera terrestre para o surgimento da vida animal complexa. No
mar, muitos animais, agrupados hoje em dia pela Ciência em Filos, já tinham
surgido e estavam em pleno processo evolutivo, quando os primeiros crustáceos
(artrópodes) começaram a experimentar o hábitat terrestre. A seguir, surgiram
os anfíbios, que gradativamente foram trocando as águas salgadas do mar pelas
regiões alagadiças, até alcançarem a terra firme. No cenário terrestre ainda
havia uma certa instabilidade telúrica, modificando o relevo e promovendo a
evolução do reino mineral. O reino vegetal era provido de exuberante e
interessantíssima flora, a qual sofreria transformações, sendo que temos
resquícios de sua passagem pelo planeta através das minas carboníferas. A fauna
terrestre, como dizíamos, recebera os anfíbios, os quais foram se adaptando
através de um processo de seleção natural, a qual é básica em todo sistema
evolucionista da forma. Obedecendo esses mesmos influxos evolutivos, surgem os
répteis, tal qual os conhecemos na atualidade. Logo após os répteis, surgem no
cenário terrestre monstruosas criaturas animais, formas assombrosas e
descomunais, gigantescas, desprovidas de estética. São marcadas por sua forma
desmesurada e desarmônica. Foram más-formações da Natureza. Embora perdurassem
por longos períodos, essas formas teratológicas desapareceram para sempre do
planeta; apenas os museus são depositários de suas formas atormentadas. Assim,
mais uma vez vimos que os "Arquitetos da Forma", ao experimentarem as
formas biológicas anômalas, após longos períodos conseguiram debelar e banir
para sempre da superfície terrestre aqueles ditos espécimes pré históricos. Na
atualidade, os mesmos, ou suas formas degeneradas, fazem parte do "arquivo
vivo" das experiências planetárias, em zonas internas do planeta, na sua
região sub crostal profunda, invisível ao humano comum, mas não desconhecida
daqueles possuidores da faculdade mediúnica. Essas regiões são verdadeiras
zonas do submundo astral inferior, das quais ainda voltaremos a falar. Filho de
Fé, para que não percamos o fio da meada, resumamos o que até aqui expusemos:
Dos seres unicelulares animais, que são chamados de protozoários, e dentre os
pluricelulares ou metazoários, até chegarmos nos mamíferos, passamos pelos
poríferos, celenterados, cenóforos, platelmintos, asquelmintos, anelídios,
moluscos, artrópodes (insetos, crustáceos), equinodermos e cordados. É bom
lembrar que nos cordados estão inclusos os peixes, tanto cartilaginosos como
ósseos, os anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Pela explanação que demos,
lembrarão os Filhos de Fé que, após o surgimento dos répteis, para chegarmos às
formas mais evoluídas, tivemos uma série de experimentações, as quais, como
experimento não-aceito, foram relegadas aos "arquivos vivos" do
planeta. Chamaremos esse período de pausa biológica normal, a qual estabilizou
definitivamente as formas pré monstruosas e delineou com clareza o que era
anfíbio, o que era réptil e assim sucessivamente. Então, tendo chegado até os
répteis, vejamos pois os processos evolutivos que se fizeram necessários para
chegarmos ao reino hominal. Vencidas grandes barreiras biogenéticas e do corpo
de matéria sutil (corpo astral), caminham mais celeremente os Arquitetos da
Forma para fazer eclodir sua grande obra, a FORMA HUMANA. Como vimos, no
cenário terrestre, já tinham se estabilizado o reino mineral, o vegetal e o
animal, embora ainda não tivessem os Arquitetos da Forma superado in totum as
dificuldades do surgimento do reino hominal. Nos primórdios da Era Terciária do
Cenozoico, vamos encontrar os primeiros antepassados da forma humana, naquilo
que chamaremos de ANTROPÓIDES. Desses antropoides "surgiria" o homem
atual. Interessante que muitos desses antropoides foram os antecedentes dos
símios. Neste instante da descrição, daremos a entender o porquê do parentesco
sorológico do chimpanzé com o homem atual. Nos processos evolutivos, houve um
ponto comum a ambos, que chamamos de CONVERGÊNCIA. Essa convergência aconteceu
num determinado tempo-espaço. Após esse tempo-espaço, um "evoluiu para
cima" se é que assim posso me expressar, originando o homem, e outro para
as escalas superiores do animal, originando os símios. Então, cai por terra a
tese de que o homem descende dos símios; o que houve foi uma convergência
evolutiva entre determinados antropóides. Com isso, também refutamos que o
homem adaptou-se através da seleção e "desceu das árvores". Para que
fique bem claro, afirmamos que os antropoides deram, em seu processo evolutivo,
uns o homem, outros os símios. Neste período em que foi superada a
convergência, pelos processos naturais e pelos Prepostos de Jesus, eles mesmos
aguardaram a forma humana evoluir, a priori, de braços longos e pernas curtas,
excessivamente peludos, para formas mais aperfeiçoadas, mais próximas da forma
humana atual. Muitos milênios se passaram, e entre uma encarnação e outra, que
é nosso tema central, foram os Arquitetos da Forma aperfeiçoando os patrimônios
do corpo astral, em zonas pré-hominais, e mesmo através de estágios em sítios
elementares da própria Natureza terrena. Nessas condições, surgem
verdadeiramente os primeiros HOMENS, embora selvagens, com fenótipos melhorados
quase idênticos aos de hoje. Assim surgiram condições para a FORMA HUMANA,
tanto para os Filhos oriundos da própria Terra como para "Seres de outras
Pátrias Espirituais". Ao aqui chegarmos, é necessário que entendamos quem
seriam os Seres Espirituais que formariam a então futura humanidade. Neste
momento, devemos entender que tanto o planeta como as "Formas-Vida"
que surgiram, até chegarmos em nossa humanidade, tiveram uma causa inteligente
e acima de tudo misericordiosa, pois o Mestre e Senhor Jesus, através de Seus
Emissários, reuniria nesse novo cenário de vida e trabalho, e portanto repleto
de esperanças em realizações futuras, os Filhos errantes de outros páramos do
Cosmo. Assim, através de sua Infinita Sapiência e Bondade, permitiu que vários
Filhos errantes de várias regiões cósmicas, as quais já tinham se elevado a
níveis inimagináveis para nossa humanidade atual, tivessem condições de
regenerar-se e, após estágio depurador, retornar às suas "Pátrias
afins". Seriam como "estrangeiros" em terras longínquas, e,
através de suas próprias ações, iriam readquirir condições para retornar às
suas "Pátrias" sem as manchas e impenitências que os fizeram emigrar
para o planeta Terra. Como estrangeiros, iriam ter que conviver com os Seres
oriundos da própria Terra, ou seja, sua humanidade afim, a qual iniciara seus
primeiros passos rumo ao progresso e reascensão aos "planos superiores da
vida espiritual". Estariam se redimindo perante a Lei Divina, e
concomitantemente ajudariam, pois eram mais experientes e evoluídos, seus
irmãos menos dotados a galgar novos rumos e alcançar a evolução a eles
destinada. Caboclo os vê (os estrangeiros) como se fossem professores de uma
Universidade que de repente foram compulsoriamente obrigados, por não
acompanharem o ritmo, a largá-la, sendo enviados a ministrarem suas aulas em
escola primária. Exerceriam nessa condição a humildade, o desprendimento, a
tolerância e o Amor Fraterno, pois sairiam de seus planos-mundos muito
evoluídos, indo para um planeta em fase inicial de evolução. Acreditamos que
não raras vezes muitos deles (os estrangeiros) quiseram renunciar devido ao
tédio e aos vazios imprescindíveis, além da nostalgia da "Pátria"
distante, que então se afigurava aos seus olhos como um verdadeiro paraíso, que
estava agora muito distante. Restava-lhes trabalhar e erguerem-se moralmente,
através da força do trabalho renovador, e ajudar nos primeiros passos seus
inexperientes irmãos, livrando-se daquilo que lhes parecia o próprio
"inferno". Muitos, após determinado tempo de trabalho, após várias
reencarnações, retornaram às suas "Pátrias Cósmicas de Origem".
Outros também poderiam ter retornado, mas sentiram-se tão gratos ao Cristo
Jesus (Oxalá) e ao próprio planeta e sua humanidade, que permaneceram e se
demoraram ainda por aqui, na expectativa de ajudar a evolução de seus
"irmãos menos experientes". Queriam participar, como realmente
participaram e participam, da obra de regeneração e elevação de todos os filhos
terrenos. Com isso, fica claro entender que nosso planeta Terra, em sua
"população terráquea", era constituído por seus PRÓPRIOS FILHOS e por
ESTRANGEIROS. Os Estrangeiros vieram de diversas "Pátrias Siderais",
alguns de outras galáxias muito distantes e muitíssimo evoluídas, outros até de
planetas de nossa própria galáxia. Sabemos que cada coletividade tinha seu grau
de ajuste perante as "Leis Divinas". Nos parágrafos que se seguem,
tentaremos explicar como tudo isso aconteceu e acontece, como também clarear
ainda mais o entendimento de todos os estudiosos das Leis Cósmicas, e
incliná-los para a senda justa do aprimoramento e evolução, que é Lei- mater em
todos os planos do Universo. Ao prosseguirmos, queremos ressaltar que, ao
citarmos os antropoides, em linhas anteriores, não estávamos afirmando que o
homem descende dos símios, ou que há elo de ligação entre ambos. A forma
intermediária entre o homem e os símios é de competência dos "arquivos
astrais", e não no plano físico denso. Debalde procurar-se-á o "elo
perdido", tão vulgarizado em nossos tempos, mesmo que o esforço e estudo de
nobres antropólogos e arqueólogos digam o contrário. Chegará o tempo em que a
Ciência entenderá melhor que o ascendente dos símios, ainda não achado pela
Ciência oficial até o presente momento, não é o ascendente do homem. Como
explicamos em outras linhas, num determinado tempo-espaço da evolução houve
convergências entre as raízes dos símios e dos homens; após divergirem é que
apareceria o ascendente dos símios e o ascendente primeiro do homem. O
ascendente dos símios continuou a evoluir chegando ao máximo da escala animal,
nos símios. O ascendente do homem, para evoluir até o homem como conhecemos
atualmente, passou por vários processos de ajuste em seu corpo astral, já não
mais aqui no plano denso, mas sim no plano astral, no intervalo entre seu
desencarne e próximo nascimento, obra essa de complexidade ímpar executada
pelos Arquitetos Siderais da Forma. Afirmamos com isso também que é
extemporâneo o aparecimento, aqui no plano físico denso, do homem e dos símios.
Após essa ligeira mas necessária elucidação, tentemos resumidamente explicar
como surgiu a primeira humanidade no planeta Terra. Já dissemos que nossa
humanidade era constituída de "Filhos da própria Terra" e que também
albergaria os "estrangeiros" ou "Filhos errantes" de outras
Pátrias siderais. Entendamos como oriundos da própria Terra todo Ser Espiritual
que, ao descer do Cosmo Espiritual para as infindáveis regiões do Universo
Astral, onde a Substância Etérica já havia interpenetrado, tenha sido
direcionado para o planeta Terra. E óbvio que, antes de surgirem no solo
terreno, passaram pelo campo astral terrestre, onde os Arquitetos e Engenheiros
da Forma, como já vimos, estruturavam para eles um Corpo Astral que serviria de
molde para seus Corpos Físicos densos. Assim, houve vários experimentos de
ordem genética e astral. O Ser Espiritual teve que imantar e haurir sobre si os
processos coesivos, sensitivos, instintivos e de memória (arquivo vivo). Assim,
experimentou o REINO DOS ELEMENTARES.4 Por que Elementares? Pois aquilo que
seria básico teve que ser vivenciado, ou melhor, teve que ser haurido. A
passagem pelo reino mineral foi importante, pois foram hauridos os processos
coesivos e estruturais, inclusive da rede atômica. As células futuras seriam
modeladas obedecendo a complexidade arquitetônica dos diversos minerais. Neste
instante, o Filho de Fé deve saber que, por apenas diferente disposição
estrutural do elemento químico carbono, o qual é muito importante, tem-se o
grafite ou o diamante, um completamente diferente do outro, inclusive nas
propriedades elétricas e dinâmicas. Após o reino mineral, experimentou o reino
vegetal, onde hauriu a sensibilidade e os primórdios de funções
importantíssimas para a futura organização física densa. Logo a seguir,
experimentou o reino animal, ou seja, hauriu, bebeu vivências do reino animal.
Funções instintivas, automáticas e mecânicas foram adquiridas. Experimentou
desde os unicelulares, passando por todos os processos evolutivos da escala
animal, ou seja, até a fixação dos elementos básicos da inteligência e sua
expressão. Frisemos que, de forma simplista, fomos passando de um reino a
outro, fases essas que demoraram às vezes milênios dentro de um só reino
apenas, e que, de reino para reino, tinha-se um período considerado de
complexas operações nos Corpos do Ser Espiritual que futuramente encarnaria
pela primeira vez, ou seja, nos Corpos de ordem Mental e Astral, em seus
diversos aspectos, inclusive em relação ao adestramento de seus Núcleos
Vibratórios ou Chacras, como tentam explicar outras Escolas Filosóficas do
passado e do presente. Todos esses processos experimentais primeiros, até o
estabelecimento definitivo da via para o Ser Espiritual que iria encarnar no
planeta Terra constituindo a sua primeira humanidade, ficaram patenteados na
então chamada RAÇA PRÉ- ADÂMICA. Então, nessa Raça Pré-Adâmica, temos os mais
diversos experimentos, tendo a face terrena observado verdadeiro
"laboratório genético", inclusive com formas descomunais e com
morfologias aberrantes, com suas desproporções estatuto ponderais. Tivemos
nessa época verdadeiros gigantes, tão bem retratados na mitologia, já que todo
mito, no fundo, vela uma verdade. A forma se estabeleceu mais ajustada na Raça
que sucedeu a Pré- Adâmica, isto é, na RAÇA ADÂMICA. Com a forma mais
aperfeiçoada, na Raça Adâmica, começaram, juntamente com os Filhos da Terra, a
encarnar os primeiros estrangeiros, a priori de planetas mais evoluídos que o
nosso de nossa própria galáxia. Alguns vieram de Marte, já que Marte era
paragem obrigatória de todos os Seres Espirituais desgarrados de nossa galáxia
quando impulsionados a encarnar no planeta Terra. Era como uma "passagem
vibratória obrigatória", e após esse reajuste vibratório encarnavam no
planeta Terra. Eram todos de pele vermelha, provavelmente estando aí o porquê
de dizer-se que o homem foi feito de barro, o qual tem essa cor. Os próprios
Filhos da Terra, com suas tribos, eram de cor vermelha, e os estrangeiros
vieram a encarnar nessas tribos primitivas, mesmo fazendo uso de vestimentas
físicas ainda não totalmente aperfeiçoadas. Não importando a forma física, logo
foram lançando seus ensinamentos e, como só poderia ser, tornaram-se condutores
tribais, sendo seus líderes ou CHEFES. Eram seus Pais Maiores, eram seus
Condutores. Ensinaram-lhes a LÍNGUA BOA, polissilábica e eufônica, a qual tinha
relação com certos fenômenos da própria Natureza e suas Leis Regulativas. Essa
primeira língua polifonética e polieufônica, obedecendo a um metro sonoro
divino e sendo chamada de ABANHEENGA — aba (homem), nheenga (língua sagrada) —,
foi a base para todas as demais línguas que seriam faladas na Terra. Esse
fenômeno da primeira "língua raiz" teve início no Brasil, através do
Tronco Tupy, sendo seus Condutores chamados de tabaguaçus, em verdade tu babá
guaçu — (nosso Pai-Condutor — nosso Patriarca). Assim foi a Raça Adâmica.
Agora, ao fazermos um parênteses, gostaríamos de estender um conceito sobre o
porquê dessa Raça chamar-se Adâmica. Partamos do mais externo, explicado pelas
religiões do culto exterior (que têm um porquê de ainda existirem), de que a
humanidade terrestre provém de um casal mítico ADÃO-EVA, do qual, temos
certeza, todo Filho de Fé conhece a história, de que Adão foi feito de barro,
etc... Preste atenção, Filho de Fé, que agora entraremos direto com o conceito
vigente nos arquivos das Escolas Iniciáticas do Astral Superior. Adão e Eva têm
uma alta significância oculta e forte tradição esotérica, que agora deixará de
ser oculta. Nas línguas futuras e mesmo no Abanheenga e sua primeira derivada,
o Nheengatu, portanto Línguas Adâmicas, os vocábulos Adão e Eva significavam,
como veremos a seguir, de acordo com a grafia e com o som dos termos, o
seguinte: Então, Adão significa o Princípio Absoluto; Eva, o Princípio Natural.
Podemos também expressar que Adão é o Princípio Espiritual e Eva é a Geradora
da Forma. É como se Adão, o Princípio Espiritual, tivesse fecundado Eva, o
Princípio Natural, e dessa tivesse surgido ou nascido a HUMANIDADE — O MUNDO DA
FORMA propriamente dito (Filhos). O Princípio Espiritual interpenetrou a
Natureza, onde tem domínio a energia-massa, gerando a FORMA. Entendeu, Filho de
Fé? Resumamos: Neste momento, perguntará o Filho de Fé arguto e atento: — CAIM
e ABEL, dentro desse conceito, como seriam interpretados? — Boa a sua pergunta,
Filho de Fé! Raciocinemos, e a Luz do entendimento nos guiará para a resposta.
Quando o Princípio Espiritual (Adão) desceu do Reino Virginal, interpenetrando
o Princípio Natural (Eva), expressou ou concretizou suas Afinidades Virginais
na Forma (Filho). Assim é que devem ser entendidos Caim e Abel. Podemos também
lembrar que Caim matou Abel. CAIM seria o PRINCÍPIO DO MAL, enquanto ABEL seria
o PRINCÍPIO DO BEM, os quais seriam expressos na FORMA, ou seja, as Afinidades
Virginais teriam seus aspectos negativos, os quais se expressariam através do
egoísmo, inveja, domínio, poder e agressividade. Os aspectos positivos dessas
Afinidades Virginais seriam a fraternidade, cooperativismo, união e mansidão,
todas essas virtudes associadas ao Amor. Do ponto de vista moral, podemos
afirmar que todos os Seres Espirituais, no Reino Natural, têm Caim e Abel
consigo mesmos. Nossa tarefa é fazer o oposto do que Caim fez a Abel.
Sufoquemos em nós o Caim e façamos força para que o Abel sobreviva em todos nós
para sempre. Assim, nem de leve esgotamos o assunto. Em poucas linhas, tentamos
mostrar a visão da Umbanda sobre ADAM-EVA — CAIM-ABEL. Falta-nos dizer que o
casal mítico teve um 3º filho, pouco lembrado, o qual é denominado SETH. Para
que não fique perdido, diremos que Seth seria o VERBO, que, após Caim e Abel,
faria o homem reascender aos planos mais elevados do Universo, onde se agita a
vida das Almas já enobrecidas pelo Amor e Sabedoria. Após termos explicado o
porquê do termo Adâmico, repisemos que, na Raça Adâmica, a nossa humanidade já
tinha recebido os Estrangeiros, a priori de planetas mais evoluídos de nossa
própria galáxia. Mais uma pergunta deve estar na mente do Filho de Fé: — Como
esses Seres Espirituais vieram ao nosso planeta e por quê? Vamos à resposta: —
Vieram ainda pelos processos naturais vigentes no Homo brasiliensis, que em
futuro seria chamado por outros setores de Homo hominis. Somente a passagem
pelos reinos naturais era muito mais rápida, mesmo porque já tinham estagiado
num planeta que praticamente estava bem próximo dos padrões terráqueos, mas que
já estava terminando sua jornada evolutiva, que era o planeta Marte. Não
estamos, com isso, dizendo que o planeta Marte é o mais evoluído de nossa
galáxia. Não, mas dentro de sua evolução, ou seja, naquilo que havia sido
determinado, sua coletividade havia obtido sucesso, indo habitar outros sítios
do Universo. Vieram coletividades decaídas de Vênus, Júpiter, Saturno e outros.
Entendam como "decaídos" Seres Espirituais retardatários, para os
quais a única maneira de serem impulsionados na senda evolutiva seria virem
como degredados para planetas inferiores ou que estavam no início de sua
jornada. Assim, aconteceu a migração desses Seres Espirituais para o planeta
Terra. Nesse período da Raça Adâmica, o relevo terrestre era completamente diverso
do que conhecemos na atualidade, e muitos continentes que conhecemos e hoje
estão separados pelas águas, naquelas épocas, não o eram. Dissemos que no
Brasil a humanidade surgiu, mas não foi somente aí que ela ficou. Com o
decorrer dos tempos, ocorreram migrações para outras plagas, a priori para as
Américas, e depois para a Ásia e a África também. Esse processo migratório,
além de físico, pois o relevo permitia, também foi impulsionado pelas migrações
espirituais. Através delas, muitos Seres Espirituais deixavam de encarnar em
uma sub-raça de uma Raça-Raiz para irem animar novas correntes reencarnatórias,
as quais, em outros locais, iriam formar a nova sub-raça que estava surgindo.
Em geral, da 4a sub-raça até o início da 5a sub raça é que tínhamos o apogeu
máximo da Raça-Raiz, para depois termos sua decadência ou perigeu, indo os mais
adiantados constituir a 1a sub-raça da Raça subsequente. Neste momento, devemos
conceituar que cada Raça-Raiz faz 7 sub-raças; 7 Raças-Raiz fazem 1 Período
Mundial; 7 Períodos fazem 1 Ronda Kármica, e assim por diante, até esgotar-se o
esquema evolutivo do planeta Terra. Estávamos na 2a Raça-Raiz, a Raça Adâmica,
lembrando que a 1a foi a Pré-Adâmica. Após 7 subraças, a Raça Adâmica cede vez
a outra Raça, a 3a Raça-Raiz, a RAÇA LEMURIANA. Essa Raça se caracteriza pelo
início dos processos de conscientização e aplicação das LEIS DIVINAS, que desde
aqueles tempos longínquos chamava-se AUM-BAN-DAN. Estamos já no meio da 4a
sub-raça Lemuriana, com quase todo o planeta ocupado pela humanidade, quando
surgiram no planeta estrangeiros de outra galáxia, os quais, em tempos
passados, tinham orientado outros planetas de nossa galáxia, muito
principalmente os mais evoluídos, tais como Saturno, Júpiter, etc. Assim, num
dos mundos de uma galáxia distante, sua coletividade afim tinha alcançado
níveis evolutivos inimagináveis, tinham banido o "Caim"
definitivamente de seus egos. Quando digo que tinham banido, digo a grande
maioria, pois uma minoria retardatária ainda não o havia feito. Haviam tido as
mesmas oportunidades que os outros, as mesmas condições, mas não tinham
conseguido o nível dos demais. Como a evolução não cessa, aqueles que evoluíram
continuavam a evoluir, não sendo do direito e da justiça que esperassem até uma
equiparação integral de todos. Entendamos como se estivéssemos em uma imensa
sala de aula, onde a grande maioria passou para níveis superiores, enquanto
outros não. Nessa "escola", só temos uma sala de aula, e como aqueles
retardatários teriam também que evoluir, foram enviados a outra escola, e
quando nela obtivessem o aproveitamento devido, retornariam às suas escolas
afins originais, pois seus locais estariam a esperá-los. Assim, desceram para o
planeta Terra. Entendamos que os estrangeiros dessas Pátrias distantes já estavam
presentes na Raça Adâmica, e na Lemuriana apenas vieram em maior número, e de
várias galáxias. Assim, esses Seres Espirituais, em plena Raça Lemuriana,
ficariam em contato com os simples, pois, perto deles, a humanidade terrestre,
em sua grande maioria, era bem simples. Digo em sua grande maioria, pois os
Filhos da Terra sempre foram em maior número em termos de contingentes de Seres
Espirituais. Muitos daqueles Seres elevados, que havíamos chamado de
Tubabaguaçus, já de há muito não reencarnavam no planeta Terra; uns já tinham
voltado a seus planetas de nossa própria galáxia, outros aos seus "mundos
distantes" em galáxias que não a nossa. Alguns tinham ficado no campo
astral do planeta Terra e, em conjunto com a Hierarquia Crística, ajudavam na
evolução do planeta, ou melhor, de sua humanidade. Neste exato momento,
queremos reafirmar que todo o orbe terreno já estava com sua população, algumas
ainda bem primitivas. Foi aqui mesmo no BARATZIL (Brasil) que surgiu o Homo
brasiliensis, embora muitos pesquisadores ainda procurem na África, em especial
em terras etíopes, os fósseis da 1a humanidade. Em verdade, essas terras foram
as primeiras a serem habitadas após a América, juntamente com os atuais Egito e
Sudão, além de outras plagas africanas. Todo esse processo, como vimos,
obedeceu sábios planos etno espirituais dos Prepostos de Jesus. Ao falarmos em
Prepostos de Jesus, lembramo-nos da Hierarquia Crística e do Cristo Jesus, o
Qual havia, como TUTOR ESPIRITUAL, se responsabilizado pelo planeta Terra. A Misericórdia
do Senhor Jesus albergou em Seu seio todos os Filhos errantes (estrangeiros) do
Universo que estariam vibratoriamente afins ao planeta Terra. Assim, entendemos
que muitas arestas tinham sido aparadas na Raça Lemuriana, e que é no final
dessa Raça que surgem os grandes MAGOS, que eram conhecedores profundos das
Leis que regem a mecânica do Micro e do Macrocosmo, e sobre eles podiam
interagir. Mantinham contato direto com seus superiores. Eles mesmos tinham
poderes que, em relação aos demais, eram supranormais. Assim, extinguia-se a
Raça Lemuriana, abrindo passagem para a RAÇA ATLANTE, a qual seria poderosa por
sua sabedoria e grandes feitos cósmicos. Mas, por motivos vários, dentre os
quais citaremos a interferência de Seres Espirituais de baixa estirpe, foram os
atlantes se perdendo em mesquinhos e comezinhos desejos, os quais logo
começaram a exaltar a vaidade, o egoísmo, a inveja, o autoritarismo e muito
principalmente o magismo como Força Negra para atacar e subjugar seus iguais em
condições de menor poder. Houve verdadeiras GUERRAS NEGRAS, em que o ódio e o
sangue varriam templos que possuíam um passado glorioso e sagrado. As reações
não se fizeram demorar, sob a forma de grandes catástrofes, hecatombes sem fim.
Era a própria Terra que, como força de reação, tentava expulsar seus
"marginais", já que eles haviam trazido um clima de ódio e vingança,
e ativado "marginais cósmicos" de todas as partes. Tinham também
manipulado de forma agressiva e inferior os vários reinos da Natureza, e com
eles os Seres Espirituais que estagiavam nos sítios da Natureza,
acarretando-lhes um karma pesado e negro, fazendo os encarnar já com pesados
débitos, devido a grandes delitos em que foram veículos de seus manipuladores.
Nesta altura, o Filho de Fé deve estar entendendo como deve ter ficado nosso
planeta em nível de matéria astral e mesmo mental. Saturou-se de elementos
perigosíssimos, que trouxeram gravíssimos danos ao Organismo Astral, e daí as
grandes moléstias, algumas perseverando até hoje em nossa humanidade. Assim, o
planeta viu cair por terra a portentosa Raça Atlante, a qual não soube
manter-se acima dos desejos inferiores e belicosos de outros seres que faziam
parte também de nossa humanidade. Foi uma Era onde o egoísmo e o personalismo
substituíram a cooperação e a fraternidade. Claro que isso aconteceu com a
maioria, mas uma minoria ainda guardava as "Tradições dos Tempos de
Ouro", e foram esses que velaram a TRADIÇÃO OCULTA. Foi nessa época que as
Ciências foram ocultadas, a Tradição deturpada e que as cisões se iniciaram. E
realmente o Babelismo, a verdadeira TORRE DE BABEL. Houve muita confusão,
iniciando-se uma inversão dos valores morais-espirituais, mágicos,
Cabalísticos, etc. Mas uma minoria ainda guardava e velava a Tradição,
consubstanciada na Raça Vermelha, na Raça Negra e na Raça Amarela. Velariam
pelos processos da Síntese Religiosa, Científica, Filosófica, Artística, etc.
Velariam pela própria Lei Divina. Velariam por AUMBANDAN — o conjunto das LEIS
DIVINAS. Nesses convulsionamentos, a Hierarquia Crística sempre enviava seus
Emissários, na expectativa de banir a ignorância e o ódio, incrementando a Luz
da Sabedoria e do Amor. No ocaso da Raça Atlante, arrasada pelos próprios atos
desmesurados, surge a RAÇA ARIANA, como a possível restauradora da Tradição
Oculta que se esvaíra. E grande no Astral a expectativa por essa 5ª Raça Raiz,
a expectativa de reaver à humanidade a dignidade perdida. Surgem as raças de
epiderme clara. Temos nessa época os vermelhos em menor número, os negros em
decadência quase completa e os amarelos, que seriam o equilíbrio, parecendo
amedrontados, reagindo sempre agressivamente. Mas no Egito, na Índia, na
própria Europa e na América surgem os Grandes Patriarcas; não nos esqueçamos
que Prepostos de Jesus fixaram seus Fundamentos, como RAMA, como KRISHNA, como
PITÁGORAS, como JETRO, como MOISÉS, como DANIEL, todos eles preparando, como
realmente prepararam, o advento do próprio MESTRE JESUS, o Qual, com Seu
sangue, viria redimir essa humanidade ingrata. Em capítulos futuros nos ateremos
mais devidamente ao que ora falamos apenas superficialmente, mas como o Filho
de Fé pode perceber, aí está o motivo para tantos desencontros, tantas guerras
e sofrimentos em nossa humanidade atual. Mas o tempo já passou, é hora de
reconstruir, e vamos reconstruir. Peguemos a obra com Amor e Sabedoria que
reconstruiremos parte por parte, como já nos dissera o Cristo Jesus. Após quase
segundo milênios do Advento Cristão, ainda se demora o homem em guerras
fratricidas, em egoísmo destruidor. Fala-se em Estado, em fronteiras, mas qual
o Estado que não pertence à Terra? Quais serão as fronteiras da intransigência
humana? Não bastou a queda de impérios portentosos? Parece nos que a memória
não é o forte de nossa humanidade. Ligamo-nos e sintonizamo-nos com Seres
inferiores, degredados de nosso próprio planeta, que se encontram em regiões
sub crostais em verdadeiras cavernas ígneas, no que há de nefando no submundo
astral inferior. Explicaremos em outro capítulo esse difícil e estarrecedor
quadro, em que figuras patibulares, alienadas e desviadas das Hostes da Luz se
encontram, e como estão em perfeita simbiose com Seres iguais que se encontram
aqui no plano físico denso em plena crosta e suas camadas próximas. EVOLUÇÃO NO
PLANETA TERRA Filho de Fé, antes de prosseguir raciocine serenamente no que
você já leu neste capítulo. Analisou? Interpenetrou nossas palavras com a mente
e o coração? Se a resposta for sim, vamos avante; se for não, releia com calma,
que seu entendimento se iluminará e dissipará suas dúvidas. Nosso planeta, esse
abençoado palco de mais de 5 bilhões de anos, tem presenciado um sem-número de
transformações em sua morfologia e função. Lembremo-nos da PANGÉIA: nela, temos
a Terra de Gondwana, ou seja, a LEMÚRIA que compreendia a América do Sul, a
África e a Oceania, e dentro dessa a própria Terra de Mu ou ATLÂNTIDA. Por
vários motivos esses continentes, que eram unos, separaram-se, dando a
configuração atual da Terra. Mas é importante entendermos que nem sempre foi
assim. Para entendermos melhor os mecanismos evolutivos em nosso planeta,
entendamos que ele é um geoide em sua forma, isto é, arredondado e achatado nos
polos. Nossa Terra pode ser dividida em camadas, que são: a) Atmosfera — a
camada gasosa que nos envolve b) Hidrosfera — a camada líquida c) Litosfera — a
camada rochosa d) Biosfera — os seres vivos em nosso planeta. Interesse
especial para nós terá a atmosfera e a litosfera. Sabemos que a atmosfera
corresponde a aproximadamente uma camada de mil quilômetros, subdividida em
faixas. A faixa mais próxima da Terra, a TROPOSFERA, começa com a superfície
terrestre e vai até uma distância de 12 km; a seguir temos a ESTRATOSFERA, que
compreende uma faixa que vai de 12 a 80 km; depois, temos a IONOSFERA, acima de
80 km. Sabemos que os principais elementos que constituem nossa atmosfera são o
nitrogênio e o oxigênio, numa proporção aproximada de 4:1, respectivamente,
embora tenhamos também outros elementos mais raros. Atente, Filho de Fé, pois
isso é essencial para o prosseguimento de nossos estudos. Assim, vimos a Terra
e as camadas acima de sua superfície. Vejamos agora as camadas que compõem
nossa superfície e seu interior. A litosfera ou crosta terrestre compreende a
camada externa, com a espessura aproximada de 50 km. Há uma divisão, que também
aceitamos, em 2 subcamadas: SIAL e SIMA. SIAL — parte superior da litosfera —
corresponde ao solo e subsolo — é composta de rochas graníticas e sedimentares
e dos minerais sílica e alumínio, e eis o porquê do sial (silício e alumínio) —
a espessura aproximada de 15 a 25 km. SIMA — é a porção inferior da litosfera,
predominando nela as rochas basálticas e os minerais silício e magnésio. Eis o
porquê do sima (silício e magnésio) — temos uma espessura aproximada de 30 a 35
km. Logo abaixo da litosfera temos o magma pastoso, e no centro da Terra temos
o NIFE ou Barisfera, a qual é composta de níquel e ferro, materiais que dão
importantes efeitos eletromagnéticos para o nosso planeta, tanto nos processos
físicos como nos hiper físicos, de que a Ciência oficial por ora nem desconfia.
É interessante frisar que o raio da Terra, nas proximidades do Equador, é de
aproximadamente 6.300 km. Nossa Ciência terrestre, merecedora de nossa mais
alta estima e respeito por suas aplicações e mesmo deduções, afirma que a cada
30 ou 40 m de profundidade a temperatura sobe na razão de 1°C. Em outras
palavras, a 50.000 m teríamos uma temperatura de aproximadamente 1.700 a
2.000°C. Na verdade isso é válido apenas para determinadas profundidades, pois
há lugares na subcrosta em que a temperatura é baixíssima, fenômeno esse que,
por fugir completamente de nossa tarefa, não o descreveremos, mas não
deixaremos de transmitir ao médium (cavalo), para que ele, dentro de sua
própria Iniciação, a qual é infinita, possa entender melhor certos fenômenos
naturais, que alguns querem ligar às "bruxarias". Não que o
"cavalo" que usamos seja privilegiado, e só a ele daríamos a
explicação do que acima expusemos; deixaremos a ele mesmo a oportunidade de
revelar a quem achar de direito, dentro dos aspectos Iniciáticos, algo que não
poderíamos escrever num livro de alcance geral. Pelo que expusemos, o Filho de
Fé deve entender que queremos nos aprofundar mais nos aspectos de nossa Terra,
e é claro, nos aspectos ocultos ou hiper físicos, mas não deixaríamos de fazer
a integração entre o que é denso e o que é sutil. Nosso sistema de estudo é um
geoide, onde subiremos de 500 a 1.000 km da superfície, como também desceremos
6.300 km abaixo da superfície para melhor entendê-lo. Para facilidade de
estudo, consideramos a Terra como uma esfera onde, a partir de sua superfície,
faremos 7 círculos concêntricos em sentido externo, como também faremos 7
círculos concêntricos da superfície para o interior da Terra. E claro que isso
é bem didático, para melhor entendimento dos Filhos de Fé. Cada círculo ou
esfera corresponderá a um plano onde se agitam várias Consciências — gloriosas
e vitoriosas, ou culpadas e derrotadas. Se por um lado a glória do Bem e da
Vitória traz a humildade, a pureza e a sabedoria, a culpa ou remorso dos
encarcerados no Mal os encaminha para a própria falência ou derrota, embora
jamais queiram admiti-las, pois para essas Consciências das Trevas eles são os
certos, e errados são os outros. Para breve, o Filho de Fé entenderá melhor o
que estamos dizendo. Voltemos aos planos da Terra. Dissemos que são
concêntricos, mas na realidade podem até coexistir numa determinada região.
Eles se entrelaçam, as diferenças e fronteiras são apenas vibratórias. São e
estão em frequências dimensionais diferentes, mas, para fácil assimilação,
entenderemos como regiões. Veja o gráfico explicativo na página ao lado. Essa
divisão das zonas ou camadas, fizemo-la para que houvesse um relacionamento
entre as camadas da esfera física com as da esfera hiper física. Todos esses
planos, com suas camadas, são de uma densidade peculiar da matéria. Partindo da
superfície terrestre, em que a matéria se agrega em sólidos, gasosos e
etéricos, subindo para planos superiores, teremos a matéria mais rarefeita em
densidade, surgindo assim a matéria astral e a matéria mental. Interessante
que, em todos os planos ou zonas, possuímos as 2 matérias, ou seja, astral e
mental. Somente no plano físico denso é que possuímos as 3, ou seja, física,
astral e mental. É claro que essa matéria se subdivide em 7, diminuindo sua
densidade e aumentando sua frequência quando passamos da matéria física para a
astral e dessa para a mental, basicamente formam ou interpenetram
respectivamente o plano físico, o plano astral e o plano mental. Nos
planos-limite entre o Universo Astral e o Cosmo Espiritual, temos um plano de
matéria acima da mental, constituído de matéria simples, ou seja, o lº aspecto
da ordenação da Substância Etérica, que antes do poder volitivo das Hierarquias
Divinas era indiferenciada. Esse é o primeiro aspecto, pois o segundo é o da
anti matéria. É justamente nessa zona limite que estão impressas, em um veículo
apropriado, as primeiras impressões que o Ser Espiritual, segundo sua própria
tônica eternal individual, imprimiu na descida do Reino Virginal para o Reino
Natural. É a sua ficha kármica original. É o retrato espiritual do Ser. Desde o
primeiro instante, ela já registrou as qualidades e debilidades do Ser
Espiritual que desceu, e é essa impressão nesse "Corpo", que foi
chamado de Psicossomático-karmânico — nome que por ora não alteraremos, embora
achemos o termo impróprio —, que qualifica qual a zona cósmica afim aos
processos evolutivos de cada Ser. Em última análise, é o "raio X do Ser
Espiritual". É o exteriorizador e concretizador de que o Ser Espiritual
evolui e de onde se situa perante seu próprio karma causal. Aliás, é devido a
esse próprio karma causal que, como disse, foi concretizada a sua tônica nesse
veículo em forma de tendências, qualidades, consciencial, habilidades, etc. Esse
veículo é como se fosse o passaporte que o Ser Espiritual tem para
"entrar" em determinada zona cósmica e lá seguir a escala evolutiva
que lhe for afim. É também o modelador dos veículos subsequentes do Ser
Espiritual, os "corpos ou veículos" que serão imantados segundo a
"carta código" desse corpo psicossomático-kármico. Com o mapa kármico
em mãos, iniciam-se os processos de formação do lº corpo de expressão real do
Ser Espiritual, o "corpo ou alma do espírito". É o plasmador das Afinidades
Virginais, ainda composto de substância una com certo arranjo em sua estrutura,
a qual chamaremos de matéria mental. É uma espécie de "invólucro" da
Individualidade. É a individualidade plasmada. É o transdutor ou decodificador
do Psico somático karmânico para os demais corpos; tem consigo as informações
para a estrutura e constituição dos demais veículos, sendo pois, com muita
propriedade, também chamado de "Corpo Causal". Livro Umbanda – A
Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.
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