quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

O CAMPO ELETROMAGNÉTICO DO MÉDIUM

Religião Afro-brasileira. Livro Código de Umbanda. Por Rubens Saraceni (1951-2015). O CAMPO ELETROMAGNÉTICO DO MÉDIUM. Comentar a respeito do campo mediúnico é necessário porque tudo o que se tem escrito nas literaturas esotérica, iniciática, espírita, umbandista, teosófica, orientalista etc. Não aborda este que é o mais importante dos conhecimentos que um médium deve possuir. Todos sabemos que um ser humano, uma planta, um mineral e muitos animais não racionais possuem uma aura que os envolve, protegendo-os do meio exterior. Assim como sabemos que esta aura também é refletora da energia interior dos corpos inanimados. Nos seres vivos,  é a refletora dos sentimentos e dos padrões energo magnéticos e está intimamente relacionada com o campo emocional. Muitos conhecimentos profundos e elucidativos a respeito dos chacras estão disponíveis aos estudiosos dos mistérios dos “corpos” dos seres. Portanto, não nos tornemos repetitivos e vamos ao conhecimento ainda não comentado por nenhum espiritualista. E se há alguém que possua este conhecimento, então o guardou só para si, demonstrando que não foi digno de possuí-lo pois deveria tê-lo passado adiante. O campo mediúnico inicia-se no corpo elementar básico e expande-se uniformemente ao redor dele por aproximadamente uns trinta centímetros e até uns setenta, no máximo. Este campo mediúnico ou eletromagnético é comum a todos os seres humanos, independentemente de sua formação cultural ou religiosa. Aqui nos limitaremos só aos seres humanos, certo? O fato é que esse campo eletromagnético em sua sede no mental, que é a “coroa” coronário, iniciando-se ao seu redor e derramando-se em torno do corpo elemental básico. “Elemental” porque é elemento puro, é básico porque é o primeiro “corpo” que o ser humano teve formado em um estágio virginal no qual evoluiu. O campo mediúnico abre-se para o plano espiritual e é por seu intermédio que são estabelecidas ligações magnéticas com o mundo espiritual. Esse campo interpenetra outras dimensões, mas não s sente ou é sentido por quem vive nelas. O mesmo acontece com os espíritos em relação ao plano material. Atravessam paredes, corpos etc, sem alterar suas estruturas espirituais ou as estruturas físicas dos objetos tocados por eles. No universo tudo vibra e tudo é vibração. Logo, se tudo que existe no plano material obedece ao padrão vibratório “atômico”, no plano espiritual o padrão vibratório é o “etérico”. Etérico vem de éter ou energia utilizada a níveis suprafísicos. Em cada padrão vibratório específico, tudo se vos mostra regido pelas mesmas leis que sustentam as formas no plano material, agregados energéticos que, por magnetismo específicos, dão formação as massas ou corpos físicos. Na dimensão onde vivem os espíritos, existe um magnetismo semelhante ao do plano material, e sustenta tudo o que nela possa existir. A única diferença esta no relacionamento energético e na mudança ao padrão vibratório, tanto dos seres quanto das formas, plasmadas a partir do éter. Dessa forma, então saibam que todos nós temos um campo mediúnico que se abre para muitas dimensões da vida, que as interpenetra, ainda que disso não nos percebamos. Pois nosso percepcional espiritual está graduado no mínimo para captar as vibrações exclusivas da dimensão humana e no máximo para captar vibrações espirituais. Mas esse campo mediúnico interpenetra as dimensões ígneas, aquáticas, terrosas, eólicas, mistas, cristalinas, minerais, vegetais etc. Se desenvolvermos conscientemente nosso rústico percepcional, então poderemos captar as energias circulantes existentes nelas e que nos chegam de forma muito sutil. Esse campo mediúnico que, a falta de palavras de melhor definição, preferimos chamar de “campo eletromagnético”, é justamente a nossa tela refletora na qual as ligações invisíveis costumam acontecer. ´E nesse campo pessoal dos seres humanos que se alojam focos vibratórios ou acúmulos energéticos que refletem na aura a e a rompem, alcançando o corpo energético ou mesmo o físico, afetando a saúde. Embora em um primeiro momento os padrões vibratórios sejam diferentes, tudo o que nele se alojou vai pouco a pouco sendo induzido pelo nosso magnetismo por magnetismo. Isso é comum nos casos de obsessão espiritual, quando um ser não se afina conosco, aloja-se em nosso campo eletromagnético. O padrão vibratório do intruso é outro. Só passamos a ser incomodados quando ele adequa seu padrão ao nosso. Então, suas vibrações mentais, conscientes ou não, interferem no nosso mental por meio de nosso emocional, conduzindo-nos a desequilíbrios energéticos profundos. Essas interferências, se muito duradouras ou intensas, costumam desequilibrar-nos de tal forma que passamos a ter duas personalidades antagônicas em um mesmo ser e um mesmo espaço mediúnico. Como nosso corpo físico reage a estes estímulos vibrados pelo intruso alojado em nosso campo eletromagnético, então começamos a sentir desequilíbrios, dores, no próprio corpo físico. São as doenças não diagnosticadas pelos médicos. Os “passes” ministrados por médiuns magnetizadores e doadores de energias têm como função descarregar este campo dos acúmulos de energias negativas nele formados no decorrer do tempo. Por esse motivo, os passes magnéticos são fundamentais em um tratamento espiritual, pois os mentores curadores precisam ter em seus pacientes este campo totalmente limpo. Quando então começam a operar no corpo energético, onde realizam cirurgias corretivas ou desobstruí-las, chegando mesmo a retirar “tumores” formados unicamente por energias negativas internalizadas pelo corpo energético. Só depois de equilibrar o campo eletromagnético e o corpo energético dos eres é que os mentores curadores atuam no corpo físico de seus pacientes encarnados, os quais eles recorrem porque realizam curas maravilhosas onde a limitada medicina falha. É fundamental que saibam disso pois só assim entenderão o porquê dos passes realizados em todos os centros espíritas ou de umbanda. É para realizar a limpeza dos campos mediúnicos de seus frequentadores. Porém, enquanto nos centros espíritas usa-se o passe magnético, nos centros de Umbanda também se recorre aos passes energéticos. Quando são usados diversos materiais fumo, água, ervas, pedras ou colares etc., que descarregam os acúmulos negativos alojados nesses campos eletromagnéticos. O uso de guias ou colares pelos médiuns possui esta função durante os trabalhos práticos. As energias captadas vão se condensando, agregando, às guias e não são absorvidas pelos seus corpos energéticos, não os sobrecarregando e não os desarmonizando durante os trabalhos espirituais. Nem sempre o que parece folclore ou exibicionismo realmente o é. Se os mentores dos médiuns de Umbanda exigem determinados colares de pedras, eles sabem para que servem e dominam seu magnetismo, assim como as energias minerais cristalinas irradiadas pelas pedras. Ervas e fumo, quando potencializadas com energias etéricas pelos mentores, também se tornam poderosos limpadores de campos eletromagnéticos. Enfim, existe muita ciência por trás de tais procedimentos dos espíritos que atuam no Ritual de Umbanda Sagrada. Há também um outro aspecto que todos devem conhecer: quando alguém realiza uma magia, procedimento, contra ou em favor de alguém, ela primeiro reflete neste campo eletromagnético, para só depois afixar-se nele e ser internalizada. Se a magia é positiva, ela é imediatamente absolvida alcançando tanto o emocional quanto o corpo físico, melhorando o estado geral do ser. Se a magia é negativa, então surge uma reação física, energética, magnética, emocional e mental por parte do ser alvo, visando repeli-la. Mas nem sempre isso é conseguido. Então as defesas do ser enfraquecem-se e ele começa a internalizar os fluxos negativos direcionados que inundam seu campo eletromagnético com energias que, pouco a pouco ou rapidamente, o atingirão, enfraquecerão, ou desequilibrarão emocionalmente. Abrindo um amplo campo no qual atuações diretas começarão a acontecer. Essa é a mecânica de funcionamento das magias negras. Nas magias positivas, o campo eletromagnético absorve de imediato as energias que lhe chegam por meio de sua tela coletora de vibrações positivas e as internalizam, anulando parcialmente os efeitos de doenças físicas, psíquicas ou espirituais. Enquanto durar a vibração direcionada via orações e irradiações acionadas a partir da ativação de materiais potencializados etc., durará a captação das energias que chegarão. Tudo o que comentamos, até aqui, precisa ser estudado atentamente, pois o campo mediúnico ou eletromagnético não é a aura. Esta é tão somente composta por irradiações do corpo energético, um gerador energético por excelência. A aura é um espelho etérico do estado geral do ser e mostra, por meio de suas cores, os tipos de sentimentos vibrados e o padrão vibratório estabelecido no mental, que é o centro magnético do espírito. Nos processos de desenvolvimento mediúnico, todo esse campo eletromagnético tem seu padrão reajustado para que as incorporações se realizem da forma mais natural possível. No princípio, quando os espíritos adentram nesse campo, por estarem vibrando em um outro padrão, o médium se sente zonzo, dormente, desequilibrado etc. Seu equilíbrio gravitacional mental sofre uma interferência poderosa. Mas a medida que os mentores vão reajustando o padrão vibratório de seus médiuns, os choques vibratórios vão desaparecendo e as incorporações acontecem de modo quase imperceptível a quem está assistindo ao processo. Nesse ponto do desenvolvimento mediúnico, o campo eletromagnético do médium já foi totalmente reajustado e foi ajustado com o padrão vibratório atômico, físico. Na Umbanda, recorre-se às giras de desenvolvimento, quando vários recursos são usados ao mesmo tempo: defumações, palmas, cantos, atabaques e outros instrumentos, danças. Vamos comentar rapidamente estes recursos. Defumações. Descarregam o campo mediúnico e sutilizam suas vibrações, tornando-o receptivo as energias de ordem positiva. Palmas. Se cadenciadas e ritmadas, criam um amplo campo sonoro cujas vibrações agudas alcançam o centro da percepção localizado no mental dos médiuns. Com isso, predispõem-nos a vibrar ordenadamente, facilitando o trabalho de reajustamento de seus padrões magnéticos. Cantos. A Umbanda recorre aos cantos ritmados que atuam sobre alguns plexos, os quais reagem aumentando a velocidade de seus giros. Com isso, captam muito mais energias etéricas, que sutilizam rapidamente todo o campo mediúnico, facilitando a incorporação. Atabaques e outros instrumentos. As vibrações sonoras têm o poder de adormecer o emocional, estimular o percepcional, alterar as irradiações energéticas e atura sobre o padrão vibratório do médium. Ao desestabilizar o padrão vibratório, o mentor aproveita esta facilidade e adentra no campo eletromagnético, adequando-o ao seu próprio padrão e fixando-o no mental de seu médium por meio de vibrações mentais direcionadas. Em pouco tempo, o médium adequa-se e torna-se, magneticamente, tão etérico em seu padrão vibratório que já não precisa do concurso dos instrumentos para incorporar. Basta colocar-se em sintonia mental com quem irá incorporá-lo para que o fenômeno ocorra. Danças. A umbanda e o Candomblé recorrem as “danças rituais” pois, durante seu transcorrer, os médiuns se desligam de tudo e concentram-se intensamente em uma ação em que o movimento cadenciado facilita seu envolvimento mediúnico. Nas “giras” , danças rituais, as vibrações médium mentor se interpenetram de tal forma que o espírito do médium fica adormecido, já que é paralisado momentaneamente. O médium, em princípio, sente tonturas ou enjoos. Mas essas reações cessam se a entrega for total e não houver tentativa de comandar os movimentos, estes serão comandados pelo seu mentor. Um médium plenamente desenvolvido pode "dançar" durante horas seguidas que não se sentirá cansado após a desincorporação. Isso se deve ao fato de não ter gasto suas energias espirituais. Não raro, sente-se leve, enlevado, pois seu corpo energético, influenciado pelo corpo etérico do mentor, sobrecarregou-se de energias sutis e benéficas. Não entendemos algumas críticas infundadas com recursos sonoros com os que acabamos de descrever. Eles são últimos e foram aperfeiçoados por mentores de "elite" que ordenaram todo o Ritual de Umbanda Sagrada a partir do astral. Se tais recursos fossem nocivos ou não proporcionassem facilidades ao ato de incorporação, com certeza já teriam sido banidos das tendas de Umbanda. E todos os médiuns cujo desenvolvimento prescindiu do uso do atabaque e dos cantos fortes. Quando participam de uma engira, sentem uma diferença qualitativa na incorporação, pois se sentem realmente incorporados, quando antes só se sentiam irradiados. Nada é por acaso. Se o Ritual de Umbanda optou pelo uso de atabaques, cantos e danças rituais, não tenham dúvidas. As incorporações acontecem ou não, ninguém fica na dúvida se incorporou ou se o guia só encostou. Na dança ritual, o médium não comanda os movimentos em momento nenhum. E se tentar interferir cairá no solo, pois desligará seu corpo energético do ponto de equilíbrio vibratório localizado justamente no mental superior do guia nele incorporado. Médiuns caem durante as danças rituais porque não se entregam totalmente, ou tentam comandá-las. A simples interferência consciente é suficiente para anular as vibrações, mentais de seu guia, ou enfraquecê-las, desequilibrando toda a dança. Assim assumindo seu padrão vibratório e desarmoniza-se com o de seu guia incorporante. Essa interferência é nociva durante o desenvolvimento mediúnico, porém é nosso recurso para repelirmos incorporações indesejáveis ou negativas, quando quem tenta incorporar é um espírito do baixo astral. É a nossa capacidade de impormos o nosso próprio padrão vibratório, o qual nos resguarda das investidas dos obsessores interessados em nos causar desequilíbrios mentais. Tudo o que acabamos de comentar está relacionado com o campo mediúnico ou campo eletromagnético de um ser. Abraço. Davi

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