quinta-feira, 16 de maio de 2024

ENCONTRANDO O CAMINHO DO MEIO. Parte II

 

Budismo. O Livro das Religiões. ENCONTRANDO O CAMINHO DO MEIO. Parte II. As três marcas da existência. Buda dizia que todas as coisas na vida acontecem como resultado de determinadas causas e condições. Quando essas causas ou condições deixam de existir, os elementos que dependem delas também desaparecem. Nada, portanto, é permanente ou independente. O termo em sânscrito para essa interdependência é pratitya samutpada, que num sentido literal significa “coisas que avançam juntas”. A expressão costuma ser traduzida como “originação dependente”, para transmitir a ideia de que nada se origina do acaso – tudo está atrelado a causas anteriores. Em outras palavras, vivemos num mundo onde tudo está interconectado e nada é a fonte de sua própria existência. Essa observação simples e profunda conduz ao que ficou conhecido como as três marcas universais da existência. A primeira marca chama-se anicca: tudo é impermanente e está sujeito à mudança. Poderíamos desejar que não fosse assim, mas é. Buda comentou que a busca pela permanência e o desejo de que as coisas tenham uma essência fixa levam as pessoas a um estado geral de insatisfação na vida (dukkha), o que constitui a segunda marca. A palavra dukkha normalmente é traduzida como “sofrimento”, porém significa mais do que sofrimento físico ou inevitabilidade da morte. Refere-se a frustração existencial. A vida nem sempre nos dar o que queremos e, ao mesmo tempo, apresenta situações e pessoas que não queremos. Nada na vida nos dá satisfação completa. Tudo tem suas limitações. A terceira marca da existência é anata: como tudo está em constante transformação, nada possui uma essência fixa. De um modo geral, vemos as coisas (as árvores, por exemplo) como elementos isolados e as definimos assim. No entanto, como tudo depende de algo para existir (as árvores precisam de terra, água e o sol, por exemplo), nada pode ser definido permanentemente em termos de percepção ou linguagem. A ideia de interconexão, assim como o conceito das três marcas da existência, não constitui uma suposição sobre o mundo. Ao contrário, refere-se a como as coisas são. Demonstrando que as tentativas de negar essa realidade representam a causa de nossa frustração diária. O ensinamento subsequente de Buda baseou-se no conceito de interconexão. Relacionando dukkha – insatisfação – com o processo de mudança. Os monges budistas devem comer com moderação e dependem de doações para se alimentar – um exemplo prático de interdependência. Buda mostrou que existem contextos nos quais essa insatisfação pode ser minimizada. Essa observação deu origem às “Quatro Nobres Verdades” ou o “Caminho Óctuplo”. O caminho do meio na vida diária. A ideia do caminho do meio está presente no budismo de maneira bastante prática. Por exemplo, algumas ramificações do budismo preconizam a vida monástica. Todavia os votos feitos não são vitalícios, e muitos monges ou monjas voltam para casa – família após meses ou anos de retiro. Da mesma forma, para não causar um sofrimento desnecessário, os budistas procuram ser vegetarianos, sendo que, se por algum motivo for difícil seguir uma dieta vegetariana ou houver alguma questão de saúde que requeira o consumo de carne, eles tem essa permissão. Os monges, cuja alimentação depende de doações, devem comer o que recebem. Nada disso está relacionado à acomodação, mas ao reconhecimento de que tudo depende de condições prévias. O conceito do caminho do meio também possui profundas implicações em nossa compreensão geral da religião, da ética e da filosofia. Buda disse: “A existência disto depende daquilo. Quando isto surge, aquilo toma forma. Quando isto não existe, aquilo não vem a existir. Com o fim disto, aquilo acaba”. Em termos práticos, a ideia é que a realidade da vida, com suas constantes transformações, envelhecimento e morte. Não pode ser evitada para sempre, mesmo com segurança material ou abnegação. Uma vez compreendido isso, nossa visão de valores e de ética muda, modificando também nossa forma de encarar a vida. Assim como uma flor vive e morre, as três marcas universais da existência de Buda sustentam que tudo é impermanente e está sujeito à mudança – anicca. A consequência dessa ideia é o conceito de anata, como tudo está em constante transformação, nada possui uma essência fixa. Uma filosofia flexível. Em termos de religião, a negação budista da essência imutável e eterna dos Upanishads hindus foi revolucionária. Sugere que a vida não pode ser compreendida – e o sofrimento não pode ser evitado – por crenças religiosas convencionais. O budismo – visto como religião em vez de como uma filosofia ética – não nega a existência de deuses ou alguma forma de alma eterna. Entretanto os considera uma distração desnecessária. Quando lhe perguntavam se o mundo é eterno ou se uma pessoa iluminada vive após a morte – questões centrais para a religião – Buda se recusava a responder. Em termos de filosofia, o budismo sustenta que o conhecimento parte da análise da experiência, não de uma especulação abstrata. Por conta disso, o budismo sempre foi um sistema não dogmático, flexível e aberto a novas ideias culturais, sem deixar de preservar seu princípio básico. A interconexão de todas as coisas, manifestada no equilíbrio entre continuidade e mudança, é a base da filosofia budista. Os conceitos do budismo também tiveram importância psicológica. Como o ser não é simples e eterno, entretanto um elemento complexo e sujeito a mudanças, ele pode ser explorado como uma entidade instável. Além disso, o convite de Buda para as pessoas seguirem o caminho do meio estende-se a toda a humanidade. Fazendo do budismo – apesar da indiferença em relação a ideia de um deus ou de deuses – uma proposta atraente numa sociedade presa a convenções e rituais. Abraço. Davi.

 

 

terça-feira, 14 de maio de 2024

A GRANDE INVASÃO DOS ALIENÍGENAS

 

Cristianismo. Livro O Terceiro Milênio – e as Profecias do Apocalipse. Por Alejandro Bullón (1947 - ). Capítulo 19. A GRANDE INVASÃO DOS ALIENÍGENAS. É meia-noite e grande parte da humanidade dorme tranquila. Nas boates, alguns procuram satisfazer o vazio do coração. Há gente na rua, nas esquinas e nos bares. Na calada da noite, outros planejam seus delitos. As prisões estão abarrotadas não somente de marginais – delinquentes, mas também de gente inocente que está ali pelo simples delito de querer adorar o Deus da Bíblia e obedecer aos seus mandamentos. Eles são acusados de ter “mente estreita” e não querer fazer concessões a fim de unir-se ao grande movimento religioso no qual cada um adora a Deus do jeito que achar melhor. De repente, a terra é sacudida de um lado para outro. Ouve-se o som de trombetas e o Sol começa a brilhar. Todo mundo levanta os olhos para os céus e “eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da Terra se lamentarão sobre ele “ Apocalipse 1,7”. É a grande invasão dos alienígenas! Mas não são os Ets que a imaginação humana criou. É Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores que volta para cumprir sua promessa. Quando esteve pela primeira vez na Terra, Cristo andou pelas ruas de Jerusalém calçando um par de sandálias surradas e vestindo uma velha túnica. Foi humilhado, preso, caçoado e finalmente morto na cruz do Calvário, pregado como um marginal. Agora, retorna vitorioso e triunfante. E na hora de sua aparição, junto com os justos de todos os tempos, também ressuscitam os maiores inimigos que ele teve em toda a história. Aí estão presentes “os que o traspassaram”. Aquele soldado que cravou uma coroa de espinhos em sua fronte e o fez sangrar. Aquele que furou seu lado com uma lança. Aqueles que dele escarneceram – zombaram e os maiores perseguidores de sua Igreja. Todos eles ressuscitam somente para ver o triunfo final de Jesus sobre o rebelde Lúcifer e seus seguidores. São Paulo, escrevendo sua carta aos Filipenses, declarou em certa ocasião: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho. Nos céus, na terra e debaixo de terra, e todo língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai” Filipenses 2,9-11”. Reconhecendo a justiça divina. Por que você acha que é necessário que até os inimigos de Jesus se ajoelhem e reconheçam o nome de Jesus? Não é suficiente que os justos o façam? É preciso humilhar dessa maneira os inimigos? A resposta talvez possa ser dada com outra pergunta: Por que Deus permitiu que o mal trouxesse dor e miséria à humanidade durante todos estes séculos? Por que Deus não destruiu Satanás e seus anjos logo que eles foram derrotados no Céu? Lembra-se das acusações de Lúcifer contra Deus? Lembra-se das dúvidas que infelizmente Lúcifer tinha semeado no coração dos anjos e das outras criaturas do Universo! Se Deus tivesse destruído Satanás no início, os outros seres teriam obedecido talvez por medo, carregando sempre a dúvida no coração. Portanto, era necessário tempo. E isso iria significar sofrimento, dor, tristeza e morte de seres humanos inocentes. Mas o tempo terminou. A dor não continuará atingindo os filhos de Deus. É preciso acabar com a história do pecado. O Universo inteiro já teve séculos para observar as consequências terríveis do pecado. Agora o veredito está dado. Não resta dúvida com relação à misericórdia e paciência divinas. É hora de todo joelho, nos Céus e na Terra, confessar que Jesus Cristo é o Senhor. Ele tinha razão. Lúcifer não passava de um impostor. Numa corte não existe melhor evidência a seu favor do que seu inimigo reconhecer que você estava certo. Por isso, até os que “O traspassaram” ressuscitarão para ver o retorno glorioso de Jesus. O grande evento final. A volta de Cristo a este planeta será um evento de implicações físicas tão grandes para a Terra, que João a descreve assim: “O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro” Apocalipse 6,14-16. Esse não é um filme de ficção científica. É um quadro real descrito no livro do Apocalipse. Hoje você pode achar que não é possível que esse evento aconteça. Parece tão irreal, que muitas pessoas céticas duvidam e caçoam da bendita esperança dos cristãos. No entanto, até essa atitude de incredulidade estava profetizada na Bíblia: Veja: “Tendo em conta, antes de tudo, que nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: “Onde está a promessa de sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada. Pelo contrário, ele é longânimo, para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados” II Pedro 3,3-10. A volta de Cristo é uma realidade. Queira você ou não. Aceite ou não. Esteja preparado ou não. Ele virá. E virá como o ladrão em meio da noite, quando ninguém suspeita de nada. Quando todo mundo acha que as coisas estão normais. De repente, o mundo todo acordará para o grande evento da história. Quando! Podemos hoje saber quanto falta para a volta de Cristo? Poderia hoje alguém se atrever a fixar uma data? Quando Jesus esteve na Terra, foi claro ao afirmar: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o filho, senão o Pai (...) Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” Mateus 24,36-42. Se ninguém sabe o dia e a hora da vinda de Cristo, como pode a humanidade estar preparada! Jesus mesmo nos dá a resposta: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas essas coisas, sabei que está próximo, às portas” Mateus 24,32-33. “Todas estas coisas”. Que coisas? Jesus apresenta muitos sinais que acontecerão antes de sua vinda, no capítulo 24 de Mateus. 1.”Virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos”. 2.”Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras, vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim”. 3.”Se levantará nação contra nação, reino contra reino e haverá fomes e terremotos em vários lugares”. 4.”Sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados por todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros”. 5.”Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” 6.”Por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. 7.”O Sol se escurecerá, a Lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento”. “E logo depois destas coisas” – disse Jesus – “Sabei que está próximo, as portas”. A pergunta é: precisa você se esforçar muito para ver todos estes sinais acontecendo em nossos dias! O apóstolo Paulo complementa dizendo> “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” II Timóteo 3,1-5. A descrição que Paulo faz de nossos dias mais parece um retrato do que uma profecia. Deus revelou tudo isso aos seres humanos para que você e eu hoje, não fossemos surpreendidos pelo glorioso dia da volta de Cristo. Ao abrir-se o sexto selo do Apocalipse, menciona-se o mesmo sinal apresentado no item sete, acima. João o apresenta deste modo: “Vi quando o cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O Sol se tornou negro como saco de crina, a Lua toda, como sangue, as estrelas caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos” Apocalipse 6,12-13. Aqui são citados quatro sinais físicos que antecedem a volta de Jesus: 1.Acontece um grande terremoto. 2.S Sol se escurece. 3.Alua se torna como sangue. 4.As estrelas caem. Cumprindo-se isso algumas vezes na história de nosso planeta? Vejamos. 1.O terremoto em Lisboa – Portugal. A história registra muitos terremotos, mas as enciclopédias são unânimes em reconhecer o terremoto de Lisboa como um dos maiores de todos os tempos. Aconteceu no dia 1º de novembro de 1755 e teve implicações sociais, teológicas e filosóficas sem precedentes. Até pessoas famosas como Kant (1724-1804), Rousseau (1712-1778) e Voltaire (1694-1778), foram influenciadas em sua maneira de pensar pelo terremoto de Lisboa, naquilo que se chamou “o final do otimismo”. As pessoas passaram a dizer assustadas: “Se Deus não se interessa por nós, é bom que comecemos a preocupar-nos por nós mesmos”. O dia escuro de 19 de maio de 1780. Estava apenas findando o inverno n Nova Inglaterra, norte dos Estados Unidos, quando o fenômeno aconteceu. Havia quatro anos que tinha sido declarado a independência americana e não se haviam completado ainda 25 anos desde a tragédia do terremoto de Lisboa. Quando, na manhã do dia 19 de maio, o Sol se ocultou as dez horas. As sombras da noite envolveram a região da Nova Inglaterra. O dia tornou-se uma noite escura, de modo que até as galinhas correram de volta a seus poleiros e as aves seus ninhos. Naquela mesma noite, a Lua apareceu vermelha como sangue, cumprindo-se, assim, a descrição anunciada pela profecia. Mas por que naquele tempo? Por que não antes, nem depois? Lembre-se do que Jesus disse: “Logo em seguida a tribulação daqueles dias, o Sol se escurecerá, e a Lua não dará a sua claridade” Mateus 24,29. A perseguição de pessoas que estudavam a Bíblia, contra a vontade da Igreja, cessou na Europa na metade do século XVIII (1701-1800). O último “herege” martirizado na França, morreu em 1762. Era um pastor da Igreja Reformada. A profecia dizia: “Logo em seguida a tribulação daqueles dias ...”. Você percebe o cumprimento profético? A chuva de estrelas de 13 de novembro de 1833. Esse foi um evento extraordinário que a história registrou. Milhares de estrelas cadentes riscaram o céu, numa impressionante chuva,  como estava anunciado nas Escrituras. Muitos sentiram-se aterrorizados e prostraram-se, rogando pela misericórdia divina. Outros. Conhecedores da Bíblia, regozijaram-se. Esse acontecimento teve lugar na costa oriental dos Estados Unidos, e foi importante para a Astronomia porque foi a partir dali que se deu início ao estudo das chuvas de estrelas. Denison Omstead (1791-1859), professor de ciências e matemática da Universidade de Yale, preparou um relatório acurado para o número de janeiro de 1834 do The American Journal of Science and the Arts. A hora undécima. Como você pode constatar, os sinais da volta de Cristo estão todos cumpridos, e o conselho bíblico é: “Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, as portas”. A volta de Jesus é um acontecimento iminente. Está chegando o momento final do acerto de contas. O convite foi feito. Jesus esperou por séculos o retorno de seus filhos ao Lar, e está chegando o grande momento de levá-lo para casa. O Apocalipse esse acontecimento da seguinte maneira: “Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada” Apocalipse 14,14. Esse será um acontecimento visível. “Todo olho o verá”, dia a Bíblia. Será “como o relâmpago que sai do Oriente e desaparece no Ocidente”. Ninguém deixará de vê-lo. Não aparecerá na Europa, nem nos Estados Unidos, nem na América do Sul. Não se mostrará para uns pouco, num quarto, em forma de espírito. Nem começará fazendo curas milagrosas em algum canto do planeta. A segunda vinda de Cristo não será nenhum acontecimento secreto, nem silencioso. Ele virá. E enquanto muitos gritarão desesperados porque sentem medo de sua presença, outros levantarão as mãos aos céus e dirão: “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará, este é o Senhor, a quem aguardávamos, na sua salvação exultaremos e nos alegraremos”. Entre estes últimos poderá estar você, se hoje entregar o coração a Jesus, abrir a Bíblia e pedir que Ele mostre o plano que tem para sua vida. Amigo querido, já é muito tarde na noite deste mundo. Há muita maldade e desamor lá fora. Faz frio. O gelo da indiferença humana torna nosso planeta mais sombrio ainda. Está na hora de voltar para a casa do Pai. Ele curará suas feridas. Nunca mais você estará só. Não haverá mais traição, nem rejeição. A exploração do ser humano terminará. Nunca mais você terá que correr como louco durante trinta dias para receber, no fim do mês, um salário que dura uma semana. Seus sonhos não serão mais destruídos pelo mal. Você e eu viveremos eternamente com Jesus. Esse dia está chegando. As profecias o indicam claramente. Não há tempo a perder! Abraço. Davi

domingo, 12 de maio de 2024

ENCONTRANDO O CAMINHO DO MEIO. Parte I

 

Budismo. O Livro das Religiões. ENCONTRANDO O CAMINHO DO MEIO. Parte I. Em contexto. Principal figura Sidhartha Gautama. Quando e onde. Século VI a.C. no norte da Índia. Antes. A partir de 1700 a.C. muitos deuses são cultuados na religião védica do norte da Índia. Século VI a.C. Na China, o taoísmo e o confucionismo apresentam filosofias em que se cultivam o desenvolvimento espiritual pessoal. Século VI a.C. Mahavira rejeita o destino de príncipe indiano e torna-se um ascético extremo. Seus ensinamentos formam os textos sagrados do jainismo. Depois. Século I d.C. Surgem os primeiros textos com os ensinamentos de Sidhartha Gautama. Logo depois, o budismo se espalha pela China. Sidhartha Gautama. Nascido em 563 a.C. na família real do clã Shakya, no norte da Índia, Sidhartha Gautama estava destinado a ocupar um lugar importante na sociedade. Criado com regalias e bem-educado, casou-se aos dezesseis anos e teve um filho. Aos 29 anos, porém, insatisfeito com a vida que levava, saiu de casa e passou anos como ascético religioso. Após uma experiência de “iluminação”, conforme descreveu, tornou-se um mestre errante e logo atraiu muitos seguidores, sobretudo nas cidades da planície indo-gangética. Sidhartha estabeleceu comunidades de monges e monjas, conquistando um número cada vez maior de seguidores. Envolveu-se também em discussões com governantes e mestres de outras religiões. Quando morreu, aos oitenta anos, o budismo já havia se tornado um movimento religioso importante. Obra-chave. 29 a.C. O Dhammapada, um resumo dos primeiros ensinamentos de Buda, faz parte do Cânone Pali. Sidhartha atingiu a iluminação após meditar sob a árvore Bodhi. Uma muda da árvore original foi plantada em Bodhy Gaya, Índia, em 228 d.C. Hoje um local de peregrinação para os budistas. A iluminação do Buda. O século VI a.C., foi uma época de muitas mudanças sociais e políticas no norte da Índia. Tribos locais foram destruídas pelos novos impérios, cidades expandiram-se, afastando a população da simplicidade da vida agrícola, e o comércio ganhou força. Ao mesmo tempo, os indivíduos começaram a fazer perguntas essenciais sobre a vida e os fundamentos da religião. Por um lado, havia a religião védica estabelecida, com base no sacrifício e autoridade dos textos védicos. Aos quais pouca gente além dos brâmanes – classe sacerdotal da sociedade indiana – tinha acesso. Era uma religião formal e conformista, que exigia obediência à tradição e mantinha as diferenças de classes. Por outro lado, muitos mestres errantes desafiavam a religião formal. Alguns se retiraram da sociedade em busca do ascetismo – renúncia aos confortos materiais – optando pela simplicidade e privação com formas do desenvolvimento espiritual. Esses mestres rejeitavam tanto o conforto físico quanto as normas sociais, e passaram a viver fora do sistema de classes. Outros mestres errantes seguiram a filosofia materialista lokayata e rejeitaram os ensinamentos espirituais convencionais em prol de uma vida de prazeres, afirmando que não há nada além do mundo físico. Sidharta busca respostas. Nascido numa família rica, Sidhartha Gautama concluiu, ao chegar à idade adulta, que sua vida de conforto era incompatível com a crescente conscientização das dificuldades da existência e a certeza da morte. Além disso, o conforto material não oferecia nenhuma proteção contra essa dura realidade. Desse modo, Sidhartha embarcou numa busca religiosa para encontrar a origem do sofrimento e uma forma de superá-lo. Por sete ano, praticou o ascetismo, privando-se de tudo, ficando apenas com o mínimo necessário para o sustento. Contudo chegou à conclusão de que isso não o ajudou a encontrar o conhecimento que procurava. Decidiu, portanto, abandonar a vida ascética, embora continuasse determinado a descobrir a causa do sofrimento. Conta-se que Sidhartha chegou a um estado de “iluminação” – consciência da verdadeira natureza da realidade – após uma noite inteira de meditação, e isso lhe trouxe a resposta para as questões de sofrimento, envelhecimento e morte. A partir desse momento, seus seguidores passaram a chamá-lo de Buda, um título honorário que significa “aquele que está totalmente desperto” ou “o iluminado”. O caminho do meio. O ensinamento de Buda é conhecido como “o caminho do meio”. Num nível mais óbvio, o conceito sugere um meio-termo entre os dois tipos de existência que ele rejeitou: uma vida de luxo, procurando obter proteção do sofrimento material. E uma vida de extrema austeridade, privando-se de quase tudo na busca pelo crescimento espiritual. A abordagem ou “caminho” encontrado envolvia uma dose moderada de disciplina em busca de uma vida ética, sem cair na tentação dos prazeres físicos ou auto mortificação. O caminho do meio proposto por Buda, também se refere a dois outros extremos: o eternalismo – crença de que a alma tem um propósito e vive para sempre – e o niilismo, extremo ceticismo, em que se nega o valor e o sentido de tudo. Precisamos encontrar o caminho do meio. Por mais conforto material que tenhamos na vida, não estamos imunes à dor e ao sofrimento. A total negação do conforto material e uma vida de ascetismo também não nos protegem do sofrimento. Cada pessoa precisa encontrar equilíbrio e disciplina, de acordo com as circunstâncias individuais. Eternalismo e niilismo. A religião védica, principalmente conforme apresentada nos textos conhecidos como Upanishads, afirmava que a verdadeira essência de todo ser humano é o atman, a alma eterna que reencarna diversas vezes. O atman liga-se ao corpo físico apenas temporariamente, sendo independente dele. Um ponto crucial da religião védica é a identificação desse atman com o brahman, a realidade divina fundamental por trás de tudo. As coisas comuns do mundo como árvores, animais e pedras são uma ilusão, conhecida como maya. A verdadeira realidade está além do mundo físico. Quando Buda rejeitou a perenidade do ser, ele estava rejeitando um elemento central do pensamento e da religião hindu. Buda também rejeitou o outro extremo – o niilismo, segundo o qual nada tem importância ou valor. O niilismo pode se manifestar de duas maneiras (ambas existentes na época de Buda). Uma é o caminho do ascetismo: purificar o corpo por meio da mais extrema austeridade e rejeitar qualquer tipo de valor mundano. Esse foi o caminho que Buda escolheu, julgando-o insatisfatório. A outra forma de manifestação do niilismo foi o caminho adotado na Índia pelos seguidores da escola heterodoxa de filosofia lokayata – a entrega total ao materialismo. Se tudo é apenas uma disposição temporária de elementos físicos, não existe uma alma eterna que se influencie por boas ou más ações durante a vida. Além disso, se não existe vida além da morte, a melhor conduta a se tomar é buscar o máximo de prazer possível nesta vida. Porém ao rejeitar esses dois extremos, Buda não optou simplesmente por um “caminho do meio” no sentido de termo comum. Sua visão baseava-se no conceito de interconexão, fundamental para conhecer a essência do ensinamento budista. Abraço. Davi.

 

sexta-feira, 10 de maio de 2024

UMBANDA E A SOCIEDADE

 

Religião Afro-brasileira. Umbanda. Livro Código de Umbanda. Por Rubens Saraceni (1951-2015). Capítulo IV. UMBANDA E A SOCIEDADE. A tímida Umbanda, nascida às escondidas, hoje se mostra como uma religião de fato, e a cada dia sua existência vem se destacando no cenário religioso brasileiro e adquirindo uma respeitabilidade ímpar. Pois ela é, de fato, a religião brasileira por excelência. Não fica nada a dever às outras religiões que aqui se fixaram. A Umbanda ainda está na sua primeira idade e já mostra um vigor, uma exuberância, digna do povo brasileiro, também jovem, exuberante e cordial. A Umbanda é, talvez, a única religião que pode ser chamada de social, sendo que tem se dedicado desde seu nascimento às pessoas e suas necessidades básicas e imediatas. Os sacerdotes de Umbanda são oriundos de todas as classes sociais e trazem como formação pessoal suas lides diárias com os vários problemas que assolam a sociedade brasileira e espezinham a vida dos seus cidadãos. A tímida Umbanda do começo do século XX (1901-2000) dedicava-se a consolar, esclarecer e confortar o coração e a mente das pessoas que procuravam nos médiuns um primeiro socorro espiritual. Esta sua faceta social e socorrista impõe-se como uma de sus características fundamentais. O tempo provou como foram sábios os espíritos semeadores da religião de Umbanda, assim até hoje a Umbanda é sinônimo de socorro imediato e pronto socorro espiritual. Não são as pessoas que acorrem aos centros de Umbanda quando se sentem desenganadas com a medicina, desiludidas com outras religiões e desencantadas com o amparo que a própria sociedade lhes deveria proporcionar. É nos centros, acolhidos por sacerdotes despidos de toda pompa e de todos os tiques religiosos, sendo simples, mas portadoras de dons espirituais, que os aflitos consulentes recebem palavras de conforto espiritual. Também consolo fraternal e esclarecimentos que lhes devolverão a fé em Deus e a confiança em si mesmos, auxiliando-os em suas caminhadas terrenas. Grande tem sido o trabalho realizado pelos sacerdotes de Umbanda, porque sendo eles partícipes desse povo que luta, sofre e evolui a duras penas, são conhecedores das mazelas da vida daqueles que os procuram. Divino tem sido o trabalho dos dirigentes umbandistas que, discretamente, têm sustentado em torno de suas federações os muitos centros que nascem naturalmente por todo o Brasil. E desprovidos de recursos materiais, mas movidos pela fé e pela boa vontade. Tem imposto uma ordem às manifestações espirituais que acontecem em todos os cantos e a todo instante. Mantendo uma convivência pacífica com outras religiões desde o nascimento da Umbanda, quando ela se realizava nos fundos dos barracões. A Umbanda nasceu humilde, entre os humildes, e tem falado a todos os brasileiros por intermédio da humildade. A Umbanda não constrói templos gigantescos ou luxuosos, uma vez que, pompa e luxo não fazem parte de seus fundamentos. A umbanda não se preocupa senão com a espiritualização das pessoas e em cuidar daqueles que são portadores de dons naturais, mas que nas outras religiões são agregados ou excluídos. Grande tem sido o trabalho da Umbanda no campo social, dado que acolhe pessoas desesperadas, confundidas e desacreditadas de suas próprias potencialidades e. Pouco a pouco, vai desenvolvendo a esperança, esclarecendo-as da transitoriedade de suas situações e devolvendo-lhes a fé em Deus. E a esperança de um futuro de paz, harmonia e fraternidade. Se em alguns aspectos a sociedade brasileira ainda não reconheceu o imenso e ordenador trabalho realizado pela Umbanda, isso de deve aos próprios sacerdotes de Umbanda. Eles creditam suas realizações neste campo à espiritualidade, aos Orixás e a Deus. Tal vez por estarem conscientes da transitoriedade da vida na carne, os sacerdotes de Umbanda não procuram o reconhecimento da sociedade para o imenso trabalho que realizam em favor desta mesma sociedade, da qual também são membros. Todavia, com certeza, dispensam as luzes dos holofotes porque preferem ser iluminados pela luz do amor divino, amor este que os move diuturnamente e os leva aos encontros das vontades divinas. Esses são o amor fraterno, a concórdia entre todos os seres e a espiritualização da sociedade brasileira, berço natal da Umbanda. A única religião que reuniu em si três outras religiões: a europeia, a indígena e a africana, mostrando a todos que divisões religiosas só existem na mente dos racistas ou dos preconceituosos. Sendo que aos olhos de Deus todos somos seus Filhos diletos e amados. A Umbanda, enquanto religião nascente, ainda não está livre da presença dos aproveitadores da boa-fé das pessoas, porém até desses o tempo se encarregará de afastá-los e devolvê-los às suas origens pré Umbanda. A nós, os responsáveis no plano material pela guarda da simplicidade da Umbanda e pela sua mensagem fraterna, social e espiritual, compete contê-la em seu curso natural. É só uma questão de tempo para que a sociedade reconheça o imenso trabalho que ela realiza em benefício do povo brasileiro. Sem exigir nada em troca, todavia não foi para pedir, exigir ou dominar que ela foi criada. Deus a criou para doar, doar e doar! A Umbanda doa consolo, conforto, esclarecimento, fé e amor. E nós, os umbandistas, só queremos doar nossos dons naturais em favor de nossos semelhantes. Que Deus os abençoe em nome da Umbanda, em razão de que é só uma questão de tempo para todos reconhecerem nela uma benção de Deus e uma dádiva dos sagrados Orixás. Saravá, meus irmãos em Oxalá ! Abraços. Davi.

quarta-feira, 8 de maio de 2024

OS MILAGRES. Parte II

 

Judaísmo. Livro Judaísmo e Cristianismo. As Diferenças. Por Trude Weiss Rosmarin (1908-1989). Capítulo II. MILAGRES. Parte II. Em outras palavras, o milagre não possui significado religioso especial para um judeu porque, como Moses Mendelssohn (1729-1786), baseado em bons precedentes e autoridade, escreveu para um estudioso cristão. Os milagres podem ser usados para comprovar a verdade de qualquer religião e, consequentemente, não podem ser aceitos como prova de nenhuma delas. Em contraposição à atitude reservada do judaísmo com relação aos milagres e sua rejeição como afirmação de verdades religiosas, encontra-se a avaliação que o cristianismo faz dos mesmos. Os milagres desempenham papel excessivamente importante no cristianismo. Os evangelhos são um longo registro dos milagres realizados por Jesus. É significativo que, enquanto o judaísmo se recusa a reconhecer milagres como prova da autoridade Divina, os Evangelhos citam os feitos milagrosos de Jesus, como o renascimento de mortos, cura de incuráveis, transformação da água em vinho e milagres similares, como provas convincentes não somente da Divina autorização, mas de sua divindade. Ainda mais significativo, entretanto, é o fato que o judaísmo não possui dogmas que envolvem a crença em eventos milagrosos na esfera terrestre. O cristianismo, por outro lado, é baseado em inúmeras doutrinas do gênero, tal como a encarnação, a personalidade Divina, a perfeição de Jesus e o nascimento a partir de uma Virgem. Enquanto o judaísmo enfatiza a importância do conhecimento racional para o estabelecimento de uma verdade religiosa e se recusa a conferir ao fato milagroso qualquer valor que certifique ou confirme a verdade. O cristianismo postula a superioridade da crença em milagres – crença inquestionável e cega em oposição ao reconhecimento razoável. Tertuliano (160-240), um dos primeiros Padre da Igreja expressou sua atitude cristã com o ditado clássico: “credo quia absurdum est” – acredito, pois, é absurdo”. Forma de argumentar totalmente rejeitada pela mente judaica e incompatível com os princípios que enfatizam que conhecimento e razão são sustentáculos indispensáveis da fé. Como resultado dessa supervalorização do sobrenatural, o cristianismo, na sua versão católica e especialmente os evangélicos, tem se tornado virtualmente escravo dos milagres. O catolicismo escolhe seus santos de acordo com o poder dos milagres que realizaram ou de vido às maravilhas que se tornaram manifestas através deles. Assim, enquanto o judaísmo sustenta que os milagres não são importantes e, sim, demonstrações secundárias das quais o líder pode fazer uso para apressar alguma coisa. O catolicismo assevera que a experiência ou realização de milagres é a prova decisiva da veracidade da missão religiosa de tal santo e o “sine qua non” – sem o qual não, da canonização. Além disso, a aprovação da Igreja de cultos milagrosos tais como o da Virgem de Lourdes, por exemplo, mesmo hoje em dia, mostra que o catolicismo ainda se prende ao princípio de Tertuliano de credo “quia absurdum est” – acredito, pois, é absurdo. Como resultado do papel desempenhado pelos milagres nos primórdios da História do cristianismo, os cultos cristãos, católicos e protestantes ponderam sobre os mistérios dos sacramentos, totalizando sete na Igreja Católica e dois entre os protestantes. O batismo e a Santa Ceia, os dois sacramentos reconhecidos por todos os cristãos, são totalmente imbuídos de elementos místicos e milagrosos. Portanto, acredita-se que o batismo faça no recém-nascido uma “limpeza” do “Pecado Original” e o salve da eterna perdição. A Santa Ceia, o compartilhar da Eucaristia e o vinho sacramental são considerados como o estabelecimento de um vínculo físico direto entre aqueles que creem em Jesus, de cujo sangue e corpo simbolicamente compartilham, comendo a hóstia e bebendo do vinho da Comunhão. O judaísmo que se libertou dos últimos vestígios dos conceitos mitológicos da idolatria com a extinção dos sacrifícios, aproximadamente dois mil anos atrás, não possui sacramentos. Seu verdadeiro teor é incompatível com o conceito mitológico da Transubstanciação – a crença na transformação da hóstia no corpo de Cristo e do vinho em seu sangue – sagrada para todos os católicos confessos. O judaísmo torna a salvação dependente unicamente dos esforços éticos feitos pelo devoto por meio de seu livre-arbítrio. O ritual da sinagoga, entretanto, não contém qualquer oração, sacramento ou simbolismo pelos quais a salvação possa ser magicamente atingida. Seria fútil argumentar que os cristãos “modernos” não endossam essas crenças e que essa diferença entre judaísmo e cristianismo, portanto,, não é mais perceptível. De fato, o catolicismo não alterou de forma alguma sua posição quanto aos milagres e sacramentos. Que a Reforma Protestante foi uma revolta social dos leigos contra a tutela e domínio do clero. E não uma revolta contra os milagres, fica evidenciado pelo fato de que o próprio Lutero (1486-1546) acreditava piamente em aparições do diabo a e visões milagrosas similares. Além disso, o protestantismo, ao manter os sacramentos do batismo e a Ceia de Jesus também manteve sua interpretação mística, apesar de ter democratizado sua desobrigação. Com exceção de alguns poucos reformistas radicais, cuja influência na Igreja pode ser comparada com a de alguns reformistas drásticos na Sinagoga, os protestantes aceitam os milagres registrados no Novo Testamento de forma literal e se submetem aos básicos ensinamentos do cristianismo com os quais os milagres são inseparavelmente entrelaçados. A crença cristã nas suas várias interpretações protestantes é, portanto, ainda “justificada pela fé” em oposição ao judaísmo, que torna o “conhecimento de Deus” o primeiro pré-requisito da crença. Devido ao empenho de gerações e gerações de rabinos e pensadores, que aplicaram a luz da razão a cada princípio e ensinamento do judaísmo. Não há virtualmente nada na crença autorizada judaica – é claro que existem superstições populares – que seja contrário à razão e às leis da natureza. Para dar só um exemplo: a crença na ascensão de Elias aos Céus numa carruagem de fogo é pouco importante do ponto de vista judaico e pode, portanto, ser explicada alegoricamente. A ascensão de Jesus, entretanto, é muito importante ao cristianismo, e interpretar esse fato alegoricamente acarretaria privar as religiões cristãs de sua própria base e justificativa. Paulo, portanto, estava certo em advertir os coríntios contra qualquer dúvida sobre a ressurreição de Jesus, pois “se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a nossa fé. “Acontece mesmo que somos falsas testemunhas de Deus, sendo que atestamos contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, I Coríntios 15,14 e seguintes, até 22. Graças a essa total desobrigação de acreditar em milagres, o judaísmo se conserva em melhor posição que o cristianismo em face da emergência da ciência moderna. A teoria da evolução não é necessariamente contrária ao espírito do judaísmo e de sua interpretação da criação. Visto que, há uma antiga afirmação rabínica que equivale a dizer que a Criação do Mundo, tal como o conhecimento, foi precedida pela criação e destruição de outros mundos. A crença judaica em Deus como o incomparável e único Poder Criativo Unificado não é afetada se assumirmos que a Criação se deu através de um único ato ou por um processo contínuo. Dado que o judeu não agradece diariamente a Deus “que renova todos os dias a obra da Criação”? Como resultado, o empenho que a Igreja exibe em reprimir as “heresias” de homens com Nicolau Copérnico (1473-1543), Giordano Bruno (1548-1600) e vários outros cientistas. Esses pagaram alto preço por sua integridade e ousadia como estudiosos, seria impossível no judaísmo, que sempre se empenhou em compreender o Criador e a Criação em vez de aceitá-los e suas obras extraordinárias baseado somente na fé propriamente dita, especialmente se tal fé envolve irrestrita crença em milagres. Abraço. Davi.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

OS MILAGRES. PARTE I

 

Judaísmo. Livro Judaísmo e Cristianismo. As diferenças. Por Trude Weiss (1908-1989). Capítulo II. OS MILAGRAES. Parte I. No judaísmo, os milagres desempenham papel irrelevante. De fato, como foi enfatizado especialmente por Saádia Gaón (1882-1942), Maiomônide (1138-1204) e outros eminentes pensadores e mestres, a crença judaica na verdade da Revelação Divina no Sinai e a crença em Moisés como o mais perfeito profeta e mestre, não está baseada nem depende dos milagrosos eventos ligados à Torá e às maravilhas realizadas por Moisés. Já nas escrituras rabínicas dos primórdios encontramos a opinião de que os milagres bíblicos não foram ocorrências sobrenaturais, ou seja, contrárias às leis da natureza, mas incidentes que estavam perfeitamente dentro do seu âmbito divinamente determinado. De acordo com os mestres do Talmud e, aproximadamente quinze séculos mais tarde, de acordo com Baruc de Spinoza (1632-1677) e os filósofos deístas, a interferência divina nas leis da natureza parecia ilógica e incompatível com o esplendor e a grandeza de Deus. Eles, portanto, declaram ousadamente que Deus fez os preparativos para os milagres por ocasião da Criação. Assim respondendo a objeção impensáveis de que Deus interferiria nas leis da natureza depois de havê-las determinado. De acordo com esta tendência de remover o que há de miraculoso dos milagres, o Rabi Iochanan (30 a.C. – 90 d.C.) ensinou: “Deus fez um contrato com o Mar Vermelho segundo o qual ele deveria se dividir para os israelitas”. Seu colega Rabi Jeremias, filho de Elazar,  deu um passo adiante e observou que Deus fez um contrato similar, entre outros, com o sol e a lua para que parassem em suas trajetórias quando Josué ordenasse; os corvos, para alimentar Elias, com o fogo, para que não ferisse Ananias, Misael e Azarias. Com os leões para não ferir Daniel, com os céus para que se abrissem a Ezequiel e com o peixe para vomitar Jonas. Em consonância com esta tendência racionalista dentre os mais eminentes sábios, encontramos no Talmud uma enumeração de coisas milagrosas que foram criadas na véspera do Shabat da primeira semana do mundo e depois preservadas por Deus para serem reveladas em data designada do futuro. Dentre as coisas sobrenaturais que foram criadas, e consequentemente não realizadas devido a interferência com as leis da natureza, estava “a boca da terra” que se abriu para engolir Corá e seus seguidores. . “A boca do poço” que forneceu água aos israelitas no deserto, a boca do notável asno falante de Balam, o arco-íris, o maná, o bastão de Moisés e algumas outras coisas que os sábios consideraram milagrosas”.  Outro método de explicar os milagres bíblicos aperfeiçoado pelos pensadores, era encará-los como alegorias. Saádia Gaón, que conduziu esse sistema à vitória, não foi, entretanto, o primeiro a usá-lo. O Midrash já registra interpretações alegóricas dos milagres bíblicos que atestam a tendência racional dos sábios de épocas anteriores. Assim, por exemplo, o Rabi Neemias desejava explicar o milagre do Mar Vermelho como uma recompensa de Deus a fé do povo de Israel. Assim deduziu da passagem: “E o povo acreditou ... Êxodo 4,31”. Seu colega o Rabi Isaac, no entanto, insatisfeito com essa racionalização, discordou: “Eles viram todos os milagres que foram realizados para eles. Como, então, poderiam não acreditar?” Mas o Rabi Simão, filha de Aba, não se satisfez com esta explicação e apoiou a tentativa de alegorização do Rabi Nechemia, com a afirmação: “Foi realmente devido a fé de Abraão no Santíssimo (Deus) – bendito seja Ele – que eles tiveram, o privilégio de entoar um cântico no Mar Vermelho”. Mais surpreendente é a exposição da passagem bíblica em Êxodo 17,11 “E enquanto Moisés ficava com as mãos levantadas, Israel prevalecia, e quando, porém, abaixava as mãos, prevalecia Amalec”. Os rabinos observaram com ceticismo: “Poderiam, então, as mãos de Moises provocar a batalha ou interrompê-la?”, e decidiram que este gesto de Moisés tinha somente um significado simbólico; “pois enquanto os israelitas olhavam para cima e mantinham o coração submetido ao seu Pai do Céu, eles prevaleciam, quando não faziam, eram derrotados”. Essa notável interpretação é seguida pela não menos notável explicação sobre a “serpente abrasadora” como símbolo de alguém dirigindo os seus pensamentos para cima, já citado anteriormente. Esse tipo de interpretação bíblica, por meio de alegoria, foi aperfeiçoado por Saádia Gaón (882-942) e conduzido ao seu limite extremo por Maimônides e seus discípulos. Saádia chegou a ponto de declarar que a interpretação alegórica de passagens bíblicas conflitantes com a razão ou experiência se constituía num dever religioso, por se tratar de um ato de devoção: harmonizar as fontes religiosas com a verdade aceita. Segundo a mesma tendência racionalista, o Maimônides continuou afirmando que todos os eventos milagrosos associados à vida dos profetas eram parte de suas “visões proféticas”, contudo não ocorreram na realidade”. Ao caracterizar como “visões proféticas” virtualmente todos os eventos milagrosos registrados na Bíblia, ele arquitetou a manutenção da integridade racional do judaísmo. Foi dessa maneira que interpretou os encontros de Abraão e Jacó com anjos, a visão de Josué de um anjo e narrativas similares – não como eventos verdadeiros, mas como “visões proféticas”. O resultado desse tipo de exegese foi que o valor da Bíblia não era mais procurado naquelas narrativas envolvendo a crença em milagres, porém em seus ensinamentos éticos e “opiniões corretas”. Seria um erro, é claro, supor que não houve oposição aos racionalistas que reinterpretaram os milagres como alegorias e visões proféticas. Sempre existiram aqueles que sustentavam que a aceitação literal da Bíblia seria preferível e satisfaria mais a alma do que sua racionalização. Contudo, há provas abundantes que as melhores cabeças judias e os sábios mais destacados sempre se uniram em apoio a interpretação racionalista do judaísmo e de suas fontes. Ainda assim, os dissidentes que colocavam o coração acima da cabeça e a intuição acima do conhecimento razoável, também tiveram oportunidade de justificar e explicar suas posições. Como resultado, a literatura talmúdica e rabínica coloca lado a lado as ideias dos crentes ingênuos e as dos intelectuais racionalistas. Apesar disso, no Talmud – o registro fiel e virtualmente completo da vida judaica na sua totalidade durante aproximadamente mil anos – registrar as superstições, práticas e crenças correntes entre as pessoas comuns e entre os rabinos. O Talmud mostra que as melhores mentes entre os sábios se empenharam de modo consistente em minimizar o papel dos milagres como pilares da crença. Essa diferença de opinião com relação ao mérito religioso dos milagres é amplamente esclarecida por uma discussão entre o pouco conhecido Rabi José e o eminente Abaiê sobre o seguinte: “milagre”. Certa vez, uma mulher faleceu e deixou seu empobrecido marido com uma criança para cuidar. Ele não tinha dinheiro para contratar uma ama de leite para tomar conta do filho. Então, um milagre ocorreu: seus seios se abriram como os seios de uma mulher e ele pode amamentar a criança. A respeito dessa história, o Rabi José comentou: “Veja quão elevado era esse homem a ponto de um milagre como esse ter sido realizado para ele”. Mas Abaiê objetou: “Pelo contrário,  como era ruim esse homem a ponto de a ordem do mundo ter sido alterada por sua causa”. Podemos depreender disso que Abaiê, que viveu aproximadamente 16 séculos atrás, era profundamente moderno, no mínimo tão moderno quanto Espinoza e o filósofo Leibnitz (1646-1716). Pois depreciava a interferência sobrenatural nas leis da natureza e a via com algo perverso, em vez de exaltá-la como algo perverso, em vez de exaltá-la como milagre. Como resultado dessa atitude, o “realizador do milagre” foi visto com descrença e mesmo com certa suspeita por parte dos rabinos. Que essa foi a atitude, pelo menos dos sábios mais eminentes, é comprovado pelo fato de o Rabi Simão bem Shetach (120 a.C. – 40 a. C.) ter condenado Honi, o místico “desenhador de círculos”. Como merecedor de excomunhão, quando este produziu a chuva tão necessária por meio de orações mágicas. Os sábios mais eminentes afirmaram que os milagres não podem ser invocados para apoiar a verdade ou para provar a precisão de uma interpretação ou opinião. Há uma notável história talmúdica que relata como o Rabi Eliezer, que certa vez não conseguia convencer seus colegas da precisão de sua opinião, realizou vários milagres sem obter qualquer sucesso em convencê-los. Assim, quando uma alfarrobeira foi deslocada de seu lugar por cem metros como um testemunho miraculoso em apoio à opinião do Rabi Eliezer. Os outros rabinos contestaram: “Não se dá provas através de uma alfarrobeira”. O Rabi Eliezer então fez um curso de água fluir em sentido contrário, e as paredes da casa de estudos se inclinarem, e até uma voz celeste proclamou que ele estava certo. Mas os sábios não acreditaram em nenhum deles. E então o Rabi Jeremias ousadamente declarou, com um jogo de palavras de uma passagem do Pentateuco: “Ela, a Torá, não está no Céus ... Deuteronômio 30,12. A Torá nos foi outorgada no Sinai e, portanto, não levamos em consideração uma voz celestial”. Em outras palavras, os milagres são rejeitados como prova de veracidade e, mais especialmente, como confirmação de autenticidade de urna determinada interpretação da Torá. A bem da verdade, o desmerecimento do valor do milagre já foi claramente expresso no Pentateuco. O Deuteronômio adverte contra “um profeta, ou um intérprete de sonhos, que realiza milagres e te apresenta um sinal ou um prodígio, se este sinal ou prodígio que ele anunciou se realiza e ele te diz: “Vamos seguir outros deuses, que não conheceste, e servi-los, Deuteronômio 13,2. “Não ouças as palavras deste profeta é a exortação bíblica. Porque os milagres que ele realiza são, de acordo com o Pentateuco, apenas um instrumento por meio do qual “vosso Deus vos experimenta, para saber se de fato amais ao Eterno, nosso Deus. Com todo vosso coração e com todo vosso ser”. Pois eles não podem servir como provas da veracidade de algo que não é uma verdade. Dentro desse mesmo espírito Maimônides declarou que um milagre não pode provar o impossível, ou seja, algo que é inerentemente uma inverdade, pois ele “só serve para confirmar aquilo que é possível”. Uma vez que aos milagres se nega poder da prova e são considerados meramente uma confirmação secundária da verdade estabelecida, eles perdem virtualmente toda a sua importância. E isso é precisamente o que ocorreu no judaísmo. Desde a primeira e tímida desaprovação bíblica do valor dos milagres, como provam as ousadas afirmações dos sábios e, finalmente, a rejeição do sobrenatural pelos filósofos medievais, o judaísmo tem progressivamente desacreditado os milagres como sustentáculos da fé. Desta maneira, tanto Saádia Gaón quanto Maimônides puderam declarar que a crença judaica não é baseada em milagres. Mantendo essa convicção, Maimônides descreveu a Era Messiânica, advertindo os adeptos: “Não permita fazer parte de suas iideias que o Messias deve necessariamente realizar sinais e milagres, fazer algo sem precedentes ou reviver os mortos, ou algo similar”. A realização de milagres não é a credencial do Messias, mas sim, a realização das promessas proféticas de um mundo melhor, de justiça e retidão. Abraço. Davi.

sábado, 4 de maio de 2024

UM MUNDO RACIONAL. Parte III

 

Hinduísmo. Por Meio do Sacrifício Nós Mantemos a Ordem do Universo. UM MUNDO RACIONAL. PARTE III. O Livro das Religiões. Bhavishya Puruna. Indivíduos de castas mais elevadas começaram a temer o contato com indivíduos de castas inferiores. O sistema de castas promovia a fragmentação social, com regras que proibiam o relacionamento e o casamento de pessoa de diferentes castas. Essa divisão foi reconhecida pela Constituição da Índia, criada em 1948, que proibiu a discriminação contra castas mais baixas. Embora o preconceito popular tenha demorado muito tempo para ser banido. Pessoal X Social. No século VI a.C. mestres errantes da Índia, como Buda e Mahavira, passaram a criticar a natureza divisível, formal e estratificada da cultura védica, aceitando seguidores de qualquer classe e tratando a todos da mesma maneira. O que importava era a contribuição pessoal, não um privilégio herdado. Esses mestres errantes também rejeitaram a autoridade dos Vedas, e por isso foram taxados de “heterodoxos”. Mas, por volta de 500 a.C., ocorreu uma mudança definitiva na forma como a religião era vista em toda a sociedade hindu. Em vez de ser considerada um meio para manter a ordem universal, a religião agora prometia ser uma maneira de escapar das limitações da vida material, mediante uma existência puramente espiritual. Em vez de buscar o alinhamento com a ordem estabelecida, o caminho agora era busca a libertação dessa ordem. Nos séculos que se seguiram, a tradição hinduísta adotou a ideia de devoção pessoa, como forma de libertação, e a adoração tornou-se mais uma questão de envolvimento pessoal do que simplesmente a realização correta de sacrifícios. Com o tempo, surgiram formas pessoais de devoção e ritos, a ponto de muita gente ter um local sagrado em casa, sem a necessidade de um brâmane para realizar o ritual. Religião e Sociedade. no período védico, a religião concentrava-se na busca pessoal do indivíduo para encontrar seu lugar no mundo e na sociedade, procurando viver da forma que lhe fora determinada, segundo as varnas. A religião tinha, portanto, um aspecto pessoal e um aspecto social, além de um sistema aparentemente lógico de como o indivíduo e a sociedade deviam interagir. Essa primeira fase do hinduísmo aponta para uma questão presente em todas as religiões: se ela deve basear-se somente no indivíduo ou na sociedade como um todo. Buda disse sobre as Varnas: “Ninguém nasce brâmane ou excluído. Essa classificação depende de suas ações”. As religiões estão integradas na sociedade, e às vezes é difícil distinguir ideias verdadeiramente “religiosas” de crenças e atitudes resultantes do meio político ou cultural no qual a religião se desenvolve. Outra questão a ser discutida e que as doutrinas e as tradições religiosas também podem ser utilizadas por uma elite dominante para manter sua posição. A própria questão referente ao foco da religião – se deve recair sobre o indivíduo ou a sociedade – é delicada, pois sugere que a experiência pessoal da religião vale mais do que a social. O Conceito de Varna. Precisa ser redefinido na Índia do século XXI (2001-2100), onde novas funções e carreiras não tradicionais desafiam as hierarquias existentes. A Literatura Sagrada do Hinduísmo. As escrituras hindus dividem-se em duas categorias: shruti e smriti. O termo shruti, do sânscrito, “aquilo que é ouvido” é usado para descrever a literatura védica, que era “ouvida” por sacerdotes e estudiosos no processo da revelação ou de compreensão da verdade indubitável. Esse conhecimento canônico, então, foi transmitido pela tradição oral de uma geração bramânica para a outra. Existem quatro conjuntos de hinos védicos, compostos ao longo de um período de mil anos. O primeiro, de1200 a.C. aproximadamente, chama-se Rig Veda. Fazem parte desse primeiro conjunto –   do shruti – os Brahmanas, com instruções sobre os rituais védicos, os Aranyakas, com discussões sobre meditação, e os Upanishads, com interpretações filosóficas. A literatura védica shruti é a obra mais importante do hinduísmo. O termo smriti, do sânscrito, “aquilo que é lembrado”, é usado para descrever o resto da literatura hindu, sobretudo os grandes poemas épicos: o Mahabharata e o Ramayana. Apesar de não gozarem do mesmo status da literatura shruti, por não terem tipo inspiração divina, esses textos também são relevantes, pois estão abertos a interpretação. Essa importante vertente da literatura indiana ainda é muito influente, incluindo o Bhagavad-Gita, provavelmente a mais conhecida de todas as obras hindus. Abraço. Davi