Editor do Mosaico. Lamentamos profundamente a morte do Papa Francisco, ocorrida ontem, 21 de abril de 2025. Líder espiritual da Comunidade Católica Cristã mundial nos seus 13 anos de pontificado foi exemplo de fé, esperança e amor. Procurou renovar simplificando a Igreja Católica em vários aspectos como: administração do Vaticano, introdução de mulheres em alguns serviços clericais, apoio ao casamento gay e benção a casais divorciados que agora podem participar da eucaristia - pão e vinho. Apoiou a causa das nações indígenas no mundo. Legalização de suas terras. Totalmente a favor da preservação das florestas e vegetações nativas e diminuição do monóxido de carbono na atmosfera do planeta. Em seu documento Encíclica Laudato Si expõe a necessidade do cuidado com o meio ambiente e questões relacionadas a Deus, seres humanos e Terra. Procurou a harmonia e respeito as outras religiões como: budismo, islamismo, hinduísmo e espiritualidades africanas. Combateu duramente a pedofilia, expulsando os clérigos acusados e os denunciados em escândalos financeiro ocorridos na administração do Vaticano. Sua opção pelos pobres, necessitados e indigentes pelo mundo mostra seu carisma de amor e inclusão para com os menos favorecidos. Obrigado irmão Jorge Mario Bergoglio (1936-2025) por ter vivido em nosso século, iluminando nosso caminho e ensinando a nós, o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Descanse em Paz. Abraço. Davi.
Budismo. Livro O Evangelho de Buda. Introdução. Por Yogi Kharishnanda. 1. ALEGRIA. Regozijem-se com a boa-nova. Nosso Senhor descobriu a raiz do mal. Ele nos mostra o caminho da salvação. O Buda dissipa as ilusões da nossa mente e nos livra dos terrores da morte. O Buda, nosso Senhor, traz descanso ao fatigado, ao desanimado e ao descontente, proporcionando paz aos acabrunhados sob o peso da vida. Dá valor aos fracos, que estão prestes a perder a esperança e a confiança em si mesmos. Todos os que sofrem as tribulações da vida, que lutam e padecem, que aspiram à vida verdadeira, regozijem-se com a boa-nova. Eis que um bálsamo para os feridos, bem como o pão para os famintos. Eis aqui a água para os sedentos, e a esperança para os desesperados. Eis aqui a luz para os que estão nas trevas, e a inesgotável ventura para os justos. Os feridos serão curados de suas feridas, os famintos terão pão para se fartarem, os sedentos serão saciados. Ergam os olhos para a Luz, vocês que estão nas trevas. Recobrem ânimo, vocês que estão abatidos. Tenham confiança na verdade os que amam, porque o reino da Verdade está fundado na Terra. A luz da verdade já dissipou as trevas do erro. Podemos ver o nosso caminho e andar com passos firmes e seguros. O Buda, nosso Senhor, revelou a verdade. A verdade cura as enfermidades e nos salva da perdição. A Verdade fortalece-nos na vida e na morte. Só a verdade pode destruir os males do erro. Regozijem-se com a boa-nova. 2. SAMSARA E NIRVANA. Olhem ao redor e contemplem a vida. Tudo é passageiro, nada dura para sempre. Só nascimento e morte, crescimento e decadência, combinação e dissolução. Samsara, termo da língua sânscrito que literalmente significa ação de vagar, constante mutação ou transição. É a passagem alternativa da alma pelos três mundos: físico, astral e mental, os sucessivos renascimentos e mortes. Nirvana, o oposto de samsara, é um estado permanente e eterno de consciência desperta e liberta. Esse termo nirvana significa, literalmente, sem combustível, extinto, e foi definido primitivamente por alguns orientalistas Ocidentais como um estado de aniquilamento do ser. À semelhança de uma gota de água diluída no oceano, o que é totalmente incorreto. Representa, ao contrário, um estado de plena consciência, cuja beleza, intensidade e poder excedem toda capacidade descritiva da linguagem humana. É a vida do Espírito que se desabrochou e expandiu em seu próprio mundo ou lar. Liberto de qualquer limitação de espaço e tempo a que se condicionam as formas transitórias. Quem tem a ventura de atingi-lo, longe de aniquilar, converte-se numa tremenda força liberadora. Que perpetuamente projeta poderosas torrentes de espiritualidade e vida sobre a humanidade sofredora. A glória do mundo é como uma flor esplêndida pela manhã que murcha a tarde. Para onde quer que olhemos, ali está o receio e o impulso, a corrida à vida aos prazeres, o medo da dor e da morte, a vaidade e o desejo de mudanças e transformações. Tudo é samsara. Não há nada permanente no mundo? Na inquietude universal não há um lugar de repouso onde o nosso coração encontre a paz? Nada há de eterno? Nunca cessará a angústia? Não se extinguirão os desejos ardentes? Quando o espírito poderá estar sossegado e tranquilo? O Buda, nosso Senhor sentiu os males da vida. Viu a vaidade na infelicidade do mundo, e procurou a salvação em algo que não se deteriora, que é imperecível e permanente. Aqueles que aspiram a vida saibam que a imortalidade se oculta no ser perecível. Aqueles que desejam a felicidade sem os germes da inquietude ou do desgosto sigam os conselhos do Grande Mestre e conduzam-se retamente. Aqueles que desejam avidamente riquezas venham para receber os tesouros eternos. A Verdade é eterna, não conhece nascimento nem morte. Não tem começo nem fim. Chamem a Verdade, oh mortais. Que a Verdade se aposse de suas almas. A Verdade é o dom imortal do espírito. A posse da Verdade é grandeza e uma vida de Verdade é felicidade. Estabeleçam a Verdade no espírito, porque a Verdade é a imagem do eterno. O seu retrato é imutável, revela o perdurável, imortaliza os homens. 3. A VERDADE REDENTORA. As coisas do mundo e seus habitantes estão sujeitos a mudanças. São produtos de algo que já existiu anteriormente. Todo ser vivente é produto de seus anteriores, porque a lei de causa e efeito é inflexível e sem exceções. Porém, nas coisas que mudam sem cessar existe sempre uma Verdade oculta. A Verdade dá realidade às coisas. A Verdade é imutável. E a Verdade deseja revelar-se. A Verdade aspira ser consciente. A Verdade se esforça por conhecer-se a si mesma. A Verdade existe na pedra, porque a pedra existe verdadeiramente, e não há força o mundo, Deus, homem ou demônio, que possa fingir que não exista. Porém, a pedra não é consciente. A Verdade existe na planta e sua vida pode expressar-se nasce, floresce e frutifica. Sua beleza é maravilhosa, mas não é consciente. A Verdade existe no animal. O animal se move, percebe as coisas que o rodeiam, distingue e escolhe. Nele há consciência, porém, não tem ainda a consciência da Verdade. Existe unicamente a consciência do eu. A consciência do eu cega os olhos do espírito e oculta a Verdade. É a origem do erro, a fonte das ilusões e o germe do pecado. O eu engendrar o egoísmo. A filosofia hindu divide o ser humano em Eu superior, que é imortal, espiritual e eterno. E o eu inferior, que é mortal, material e transitório. O texto se refere ao eu inferior. Todo mal procede do eu. Toda injustiça é produto da afirmação do eu. O eu, é o princípio de todo ódio, da iniquidade, da calúnia, da impudicícia, da obscenidade, do roubo, da fadiga, da opressão e do derramamento de sangue - guerras. O eu é Mara, o tentador, o malfeitor, o criador do mal. O eu, seduz pelos prazeres. O eu, promete um paraíso encantador. O eu, é o véu do feiticeiro Mara. Porém, os prazeres do eu são ilusórios, seu labirinto paradisíaco é o caminho do inferno e sua beleza uma chama ao calor do desejo. Quem nos livrará da tirania do eu? Quem nos salvará de nossas misérias? Quem nos restabelecerá a vida feliz? Tudo é miséria no mundo de samsara, tudo é miséria e sofrimento. Todavia, a felicidade da Verdade sobrepuja toda miséria. A verdade dá a paz ao espírito ansioso, vence o erro, extingue as chamas do desejo e conduz ao nirvana. Bem-aventurado é aquele que encontra a paz no nirvana. Está livre das lutas e tribulações da vida, está ao abrigo de todas as transformações. Desafia o nascimento e a morte e permanece indiferente aos males da vida. Bem-aventurado é aquele em que encarnou a Verdade, porque conseguiu seu fim e se unificou com a Verdade. É vencedor sem que nada mais possa feri-lo, é glorioso e feliz sem sofrimento. É forte mesmo sobrecarregado sob o peso do trabalho. É imortal embora morra. A imortalidade é a essência de sua alma. Bem-aventurado aquele que alcançou o sacro estado de Buda, porque salvará os seus irmãos. A Verdade reside nele. A perfeita sabedoria esclarece o seu entendimento. A justiça inspira as suas ações. A Verdade é um poder ativo para o bem, indestrutível e invencível. Cultivem a Verdade em seu espírito e difundam na pela humanidade. Porque unicamente a Verdade salva do pecado e da miséria. A Verdade é o Buda, e o Buda é a Verdade. Bendito seja o Buda. Abraços. Davi.
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